A relação entre a elevada ingestão de cálcio e o desenvolvimento de uma estrutura óssea forte é apenas um mito. Esta foi a conclusão retirada pela investigação encabeçada pelo director de nutrição do Comité de Físicos para a Medicina Responsável, Amy Joy Lanou. “Não há relação entre a dose diária de cálcio e a saúde dos ossos”, diz o estudo publicado na edição de Março do jornal “Pedriatrics”.

A equipa concluiu que a prática do exercício físico tem um impacto muito maior no desenvolvimento da estrutura óssea do que a ingestão de cálcio. “Para terem ossos fortes e corpos saudáveis, as crianças precisam de exercício, de sol e de uma dieta rica em fruta e vegetais que as ajude a manter um peso saudável”, disse Amy Joy Lanou em conferência de imprensa.

As conclusões foram ainda reforçadas pelo facto dos Estados Unidos da América terem as mais elevadas taxas de consumo diário de lacticínios e serem, simultaneamente, a maior prevalência de osteoporose e outras doenças ósseas.

Para a realização deste estudo foram analisados 37 casos clinicos. Em 27 desses casos não foi encontrada qualquer relação entre o consumo de cálcio e a fortificação dos ossos.

Andreia Barbosa