A Test Tube foi criada em Junho de 2004 por um grupo de amigos que já estavam ligados ao universo musical através da editora mono¨cromatica. “Dar visibilidade à mono¨cromatica e também servir de teste a novos nomes e estéticas que poderão ser usadas na mono¨cromatica” foram os objectivos que nortearam a criação desta netlabel que procura sonoridades experimentais e fugir ao convencional.

“Surgimos para dar visibilidade a projectos que de outra forma não podiam ser conhecidos por serem demasiado experimentais e para fomentar o download legal”, explica o fundador Pedro Leitão.

Como quase tudo, as netlabels representam a fusão entre a manipulação e alteração de sons da música electrónica e a simplicidade de uma edição caseira. No próprio site explica-se que a Test Tube é fundamentalmente aquilo que anuncia: um tubo de ensaio para linguagens sonoras emergentes. Num país que, para Pedro Leitão, “é muito anglo-saxónico, muito pop-rock, as tendências experimentais são um nicho de mercado onde se movimentam quase sempre as mesmas pessoas”. As netlabels permitem, por isso, uma fuga ao apertado círculo e conquistar novos públicos num ambiente de total liberdade proporcionado pela falta de constrangimentos económicos.

A curta existência da Test Tube conta já com histórias de sucesso como é o caso de Afonso Simões, que assina com o nome de Phoebus e que já foi convidado para actuar no País Basco e fazer actuações na Galeria Zé dos Bois. Na realidade, os artistas que editam nas netlabels, como nos conta Pedro Leitão, “acabam por ver o seu trabalho reconhecido, não financeiramente, é verdade, mas isso depende muito dos próprios artistas. Por exemplo, o Afonso Simões fez uma edição limitada de uma edição dele de 50 cópias e já as vendeu todas. Por isso, essa parte do retorno financeiro tembém depende muito do investimento que cada artista faz no seu trabalho”.

O responsável pela Test Tube explica ainda que o sistema de selecção de artistas na netlabel baseia-se na “fila de espera”. Pedro Leitão adianta ainda que na Test Tube “a única coisa que pedimos às pessoas é que sejam coisas experimentais, que não se fiquem pelo convencional”.

Mariana Teixeira Santos