Nenhuma das equipas é estreante numa final da Taça de Portugal. Longe disso: o Benfica já esteve em 32 finais e o Vitória de Setúbal já jogou oito. Das 32 presenças no jogo decisivo, a equipa da Luz conquistou 24 vezes o troféu e a equipa de Setúbal já o levou para casa por duas vezes.

No domingo, as duas equipas vão entrar no palco do Jamor para a 65ª final da Taça de Portugal. Para o Benfica, o jogo reveste-se de um cariz especial: não se trata apenas de defender o título conquistado na época passada, ainda na era Camacho. Este ano, o clube da Luz tem a possibilidade de juntar a conquista da Taça de Portugal ao título de Campeão Nacional, e fazer a tão almejada “dobradinha” que já foge ao clube da Luz há 18 anos.

Fyssas e Moreira de regresso

O grego Fyssas foi um dos heróis da final do ano passado. O lateral-esquerdo do Benfica marcou um dos golos no jogo contra o Futebol Clube do Porto e quer repetir o feito no jogo de domingo. Depois de uma época intermitente, em que foi dividindo a titularidade com Dos Santos, o grego, que foi campeão europeu no Euro 2004, regressa para entrar em campo na equipa principal que vai jogar contra o Setúbal.

O regresso de Moreira está também decidido. O guarda-redes, que a meio da época perdeu a liderança das redes encarnadas para Quim, vai voltar a ser a opção de Trapattoni para defender a baliza do Benfica no jogo.

Setúbal motivado

Os jogadores e responsáveis técnicos da equipa sadina estão confiantes para a final. Em declarações ao jornal “A Bola”, Meyong, uma das armas que o treinador da equipa de Setúbal, José Rachão, vai colocar em campo para fazer face a um Benfica muito motivado, não se mostrou preocupado com a “onda benfiquista” que varreu o país durante esta semana. “É normal que andem motivados, mas temos feito um esforço para olhar apenas para nós”, diz o jogador camaronês, mostrando-se esperançado na vitória: “Sabemos que é possível ganhar.”

O apito inicial vai ser dado às 17h00 de domingo pelo árbrito Paulo Costa. O jogo tem transmissão em directo assegurada pela RTP.

Miguel Conde Coutinho