Tiago Monteiro tornou-se hoje, domingo, no primeiro português a subir ao pódio numa prova do Mundial de Fórmula 1. No mítico circuito de Indianapolis, o piloto da Jordan terminou na terceira posição e partilhou o pódio com os pilotos da Ferrari. Michael Schumacher venceu pela primeira vez em 2005 e Barrichello concluiu o Grande Prémio dos Estados Unidos no segundo posto.

Para além de ficar na história do desporto nacional, a prova de hoje fica também na memória do automobilismo. Apenas seis pilotos partiram para a prova americana, naquela que é já vista como mais uma página negra do passado recente da Fórmula 1. Todas as formações que usam pneus Michelin boicotaram a corrida, atribuindo culpas à FIA e a Bernie Ecclestone.

Tudo remonta à sessão de treinos livres de sexta-feira, marcada por um violento despite do Toyota de Ralf Schumacher. O acidente ficou a dever-se aos pneus Michelin, que apresentavam um defeito técnico que nem a própria marca francesa conseguiu identificar. Ameaçada que estava a segurança dos monolugares equipados pela Michelin, as equipas solicitaram à FIA a mudança dos jogos de pneus, não prevista nos regulamentos.

Todavia, a organização mostrou-se inflexível e nem o pedido de construção de uma variante entre as curvas 12 e 13 do circuito foi aceite, facto que colocou as construtoras num dilema. Todas as equipas que utilizam pneumáticos Michelin optaram por figurar na grelha de apresentação para a volta de aquecimento, mas nenhum dos bólides arrancou.

Schumacher encurtou espaço para Kimi Raikkonen, o mais directo perseguidor de Fernando Alonso, o líder destacado do Mundial, com mais 22 pontos do que o finlandês. A próxima prova corre-se daqui a quinze dias, em França.

André Viana
Foto: stock.xchng