A Argentina juntou-se ao Brasil na final da Taça das Confederações, após derrotar o México no desempate por grandes penalidades. Com o tempo regulamentar a terminar sem golos, o encontro seguiu para prolongamento, tendo-se então registado um golo para cada um dos conjuntos.

Não se pode dizer que tenha sido um bom jogo de futebol. Algo temeroso, o México foi dando a iniciativa do encontro à turma de Pekerman e esta sentiu muito o menor rendimento de Román Riquelme. Tanto assim foi que a melhor ocasião anterior ao prolongamento pertenceu mesmo aos mexicanos. Zinha, brasileiro naturalizado, viu o poste negar-lhe um grande golo.

Mesmo sobre o final, Javier Saviola e Rafael Marquez foram excluídos. Esta nova realidade, associada ao cansaço evidente, teve o condão de abrir vários espaços no terreno de jogo. Foi o México quem primeiro os soube aproveitar. Salcido, defesa-central, subiu no terreno e bateu Germán Lux, contando com a felicidade nos ressaltos de bola em Gabi Heinze e em Coloccini.

Estávamos no final do primeiro tempo do prolongamento e a Argentina arriscou tudo após a mudança de campo. Com as ocasiões a sucederem-se, acabou por ser Luciano Figueroa a igualar, ele que até tinha desperdiçado os melhores lances dos alvicelestes. Lucho contou então com a sorte para bater Oswaldo Sánchez e enviar todas as decisões para a marca de onze metros.

Aí, ninguém falhou na primeira série de cinco pontapés. Todavia, Osorio permitiu a defesa de Lux ao sexto remate, cabendo a Cambiasso o remate decisivo.

Rivais sul-americanos ajustam contas

Argentina e Brasil encontram-se três semanas depois da partida do Monumental, a contar para o apuramento para o Mundial da Alemanha. Pekerman venceu Parreira por 3-1 mas o último troféu disputado entre estes rivais foi favorável ao Brasil.

Na final da Copa América do ano passado, Adriano liderou o escrete, que venceu nas grandes penalidades. Luisão, central do Benfica, foi titular e marcou nesse encontro, em que a Argentina foi claramente superior. Quarta-feira decide-se quem vence a Taça das Confederações.

André Viana