Pelo menos 15 pessoas morreram hoje no Iraque numa série de ataques da rebelião iraquiana. Entre as vítimas está o membro mais velho (decano) do parlamento iraquiano, Dhari al-Fayadh, 87 anos.

Dhari al-Fayadh morreu, juntamente com o seu filho e dois guardas de segurança, quando um terrorista suicida atingiu com um carro a coluna de automóveis em que seguia.

É o segundo assassinato de um deputado desde que o novo parlamento começou a funcionar, há três meses atrás.

As mortes podem destabilizar ainda mais as relações entre a maiorita xiita e a minoria sunita, que se acredita estar por trás da revolta. Fayadh era membro do maior partido sunita.

Morreram hoje mais 14 pessoas no Iraque, em atentados contra militares norte-americanos e forças de segurança iraquianas em Bagdad, Samarra, Balad, Kirkuk e Mussayyeb.

O dilema de Bush

George W. Bush deve assinalar em breve o aniversário da transferência de poder no Iraque, argumentando que não há necessidade de mudar a estratégia militar, apesar da crescente oposição da opinião pública americana à ocupação.

“A chave para o sucesso no Iraque está na capacidade dos iraquianos defenderem a sua democracia contra os terroristas”, afirmou ontem. “Paralelamente ao caminho da segurança, há um caminho político. Obviamente, neste caminho, fizemos progressos, quando oito milhões de pessoas foram às urnas e votaram”, acrescentou.

Contudo, sem fim do conflito à vista e com mais de mil vítimas norte-americanas no Iraque, os analistas consideram que a questão podem prejudicar a administração Bush.

Pedro Rios