O Nacional da Madeira derrotou o Sporting, ascendeu à liderança e deu uma ajudinha ao Benfica, que encurtou distâncias para os grandes rivais ao derrotar a União de Leiria por 4-0.

Comecemos pela Luz, onde Nuno Gomes voltou aos “hat-tricks”. Foi um jogo fácil para os benfiquistas, facto para o qual muito contribuiu o golo madrugador de Anderson e a reacção ténue dos leirienses, orientados por um Vítor Pontes que segue na corda bamba.

No principal jogo da ronda, o FC Porto perdeu dois pontos em Braga. Foi superior à turma de Jesualdo Ferreira, muito conservadora, mas, por certo, também muito desgastada após a partida em Belgrado. Benni McCarthy, de regresso à equipa e ao onze titular, teve a melhor oportunidade do desafio, mas Paulo Santos negou a vitória portista. Em Braga mora o único conjunto que ainda não sofreu golos na Liga.

Segunda-feira, no fecho da jornada, o Nacional derrotou o Sporting. Marcou primeiro a equipa visitante, por Deivid, após o descanso. Um belo trabalho individual do ex-Santos, que bateu Belman de longa distância. Todavia, e mantendo a tradição que se prolonga desde o ano em que José Peseiro treinou o Nacional, os insulares chegaram à vitória, com golos de Alexandre Goulart e de André Pinto, que tem sido decisivo no bom começo de época da turma de Manuel Machado – leva quatro golos e tem contribuído para a classificação do Nacional (terceiro, com os mesmos pontos de FC Porto e Sp. Braga).

A jornada começou na sexta-feira, na Figueira da Foz. Naval e Boavista empataram a duas bolas, ainda que os axadrezados tenham disposto de duas vantagens. Guga abriu o marcador bem cedo, Bruno Fogaça (o avançado que Manuel Cajuda descobriu numa montanha de DVD) empatou, mas Fary repôs a vantagem ainda antes do intervalo. Contudo, Cadú viria a marcar na própria baliza, ditando a igualdade final.

Após um sábado sem jogos, a jornada prosseguiu domingo. Em Vila do Conde, o Rio Ave segue tranquilo, a morder os calcanhares da liderança. Mesmo assim, a tarde não foi brilhante nem fácil para a equipa de António Sousa, que viu o supersónico Manú adiantar um temeroso Estrela da Amadora. Gaúcho igualou num forte remate e, já na etapa complementar, assistiu Marquinhos para o tento da vitória.

Em Paços de Ferreira, José Mota conseguiu a segunda vitória da temporada, ante uma Académica que segue longe do valor demonstrado na última época. Num jogo feio e desinteressante, Júnior adiantou os pacenses. Todos os golos nasceram através de bolas paradas, sendo que Marcel igualou para a Briosa ainda no primeiro tempo (grande penalidade). Perto do final, Geraldo (que até devia ter sido expulso após a falta que originou a igualdade academista) fez o tento da vitória dos locais.

O Gil Vicente soma duas derrotas consecutivas e segue em onda inversa àquela com que começou a temporada. Perdeu em Setúbal, frente a um Vitória que, queixa-se o técnico Norton de Matos, tem salários em atraso para com os jogadores. Ainda assim, Pedro Oliveira lá desencantou o remate da vitória, segunda consecutiva.

Na Madeira, Marítimo e Penafiel dividiram pontos. Juca sofreu a primeira chicotada da época, mas ainda não há substituto no Funchal. Mancuso e Youssouf ainda marcaram para a turma dos Barreiros, mas Roberto bisou e ofereceu um precioso ponto ao Penafiel de Luís Castro, que se encaminhava para receber o Benfica com a lanterna-vermelha.

Quem está no último lugar é agora o Vitória de Guimarães, que não deu sequência ao triunfo europeu. Perdeu em Belém, ainda que o tunisino Selim Benachour tenha adiantado a equipa de Jaime Pacheco. Todavia, Meyong igualou de grande penalidade e virou o jogo já na segunda metade, cabendo a Silas o último tento do encontro. O Belenenses vai ao Dragão com uma série de três vitórias.

André Viana