37 anos depois, o Benfica reencontra-se com o Manchester United, depois da final da Liga dos Campeões, no Estádio de Wembley. Na altura, os “red devils” venceram por 4-1, após prolongamento, e “roubaram” para Old Traford o título europeu. As duas maiores figuras da história dos dois clubes – Eusébio e Bobby Charlton – foram as estrelas da final de 1968.

Desta feita, o Benfica encontra os ingleses na segunda jornada do Grupo D da “liga milionária”. É terça-feira, às 19h45, e tem transmissão em directo na RTP1.

A equipa portuguesa apresenta-se num bom momento, depois de três vitórias consecutivas, enquanto o United está a atrevessar uma fase complicada, a 10 pontos do Chelsea na Premier League. Os “red devils” não vencem há quatro jogos e têm vários dos habituais titulares indisponíveis por lesão.

Alex Ferguson não vai poder contar com Roy Keane, Gabriel Heinze, Gary Neville e Wes Brown. Para além das lesões, Ferguson não pode fazer alinhar Wayne Rooney, castigado por dois jogos após ter visto o cartão vermelho frente ao Villareal.

“Sabemos que têm muitos jogadores lesionados e que não estão no seu melhor momento, mas vamos jogar contra uma equipa muito grande e com muito bons jogadores”, afirmou segunda-feira o técnico “encarnado” Ronald Koeman, em Inglaterra.

“Também será importante para eles ganhar, para saírem do momento complicado que atravessam na Liga inglesa. Temos maiores hipóteses de ganhar agora do que teríamos nas últimas épocas”, sublinhou o holandês, que não receia o ambiente do Old Trafford: “O público e o ambiente são factores para tirarmos o melhor de dentro de nós. Não vejo isso negativamente”.

Ronald Koeman tem todos os jogadores disponíveis e deve trocar apenas Geovanni por Karagounis, que regressa à equipa depois da lesão contraída frente ao Lille.

“Álbum de memórias”

Para Alex Ferguson, o encontro com o Benfica é uma oportunidade para “pesquisar no álbum de memórias”.

Na conferência de imprensa de segunda, o técnico escocês evitou abordar o mau momento que a equipa atravessa, preferindo apenas comentar que um jogo da Liga dos Campeões “é sempre um desafio fantástico”. “Com o Benfica é mais interessante ainda”, acrescentou.

Pedro Rios
Foto: UEFA