A greve judicial desta semana, convocada por juízes e magistrados, merece opiniões contrárias entre os estudantes de Direito da Universidade do Porto. Contudo, entre os alunos ouvidos pelo JPN há quem não conheça os motivos da greve e quem não saiba sequer que ela foi convocada.

Reinaldo Correia, estudante da Faculdade de Direito (FDUP) do 2º ano, afirma não ter conhecimento de “todas as razões que levaram à greve”, mas mostra-se concordante com a atitude dos magistrados. “Sei que tem a ver com as mudanças nos estatutos dos juízes e com as reformas das pensões, mas pelo que tenho conhecimento, estou completamente de acordo”, afirma.

De opinião contrária é Hugo Oliveira, 22 anos, aluno do 5º ano. Para o estudante da FDUP, a greve judicial é extremamente negativa para o país. “Quando já há imensos processos em atraso, uma greve como esta só vai piorar a situação”, afirma, acrescentando que “um órgão de soberania não deve poder recorrer à greve como um qualquer trabalhador”.

Para Tiago Carvas, aluno do 4º ano, a greve foi bem convocada, apesar de achar que “em Portugal faz-se greve por tudo e por nada”.

As alunas Ivete Moreira, do 1º ano, e Etwelva Lelessa, do 5º ano, mostraram-se menos conhecedores da luta dos juízes e magistrados. Se a estudante do 5º ano apenas desconhecia a data e os motivos, já a caloira não tinha qualquer conhecimento da greve.

Nuno Neves
Lília Marques
Foto: Arquivo JPN