Expectativas para o novo ano e o balanço de 2005 para o presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, Jorge Carvalhal.

Expectativas para o novo ano:

– “O sistema carece de uma reorganização global. Muitas das medidas podem ser adoptadas sem esperar pelo resultado da avaliação internacional”

– Carece de medidas políticas o “regime de acesso e ingresso no ensino superior. (…) Deve ser devolvida às instituições do superior o recrutamento, acabando-se com a dependência dos exames de conclusão do ensino secundário”

– “É preciso clarificar quais são as condições de acesso ao ensino superior” dos novos públicos [referidos na revista Lei de Bases]

– “É prioritário que se comece a pôr cobro à discriminação do ensino privado face ao público. (…) O Estado poderia e deveria criar uma espécie de cheque escolar”

Pontos fortes de 2005:

– “Não há propriamente pontos fortes a destacar, em especial relativamente ao sector privado. Quanto muito, pode referir-se a rapidez e o significativo consenso conseguido na alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e a abertura do ministro [Mariano Gago] para discutir com as estruturas”

Pontos fracos de 2005:

– “Situação de concorrência falseada que se mantém entre ensino superior privado e público”

– “As teias burocráticas que continuam a colocar-se ao sector privado para poder adoptar a oferta à procura”

– “Atraso na fixação dos termos de referência para que as instituições de ensino superior procedam rapidamente à adaptação a Bolonha”

Pedro Rios