Foi lançada hoje, quarta-feira, uma campanha de cessação tabágica promovida pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), destinada a utentes das farmácias e candidatos a ex-fumadores.

Esta campanha visa auxiliar os fumadores a deixarem o vício do tabaco através das farmácias, “locais estratégicos e adequados para promover a cessação tabágica pela proximidade à população e contacto diário com fumadores e candidatos a ex-fumadores”. Na farmácia, “um local, por definição, sem fumo, está disponível informação sobre os benefícios de deixar de fumar e sobre os diversos produtos de suporte existente”, explica ANF em comunicado.

Apresentada hoje em Lisboa, a Campanha Nacional de Cessação Tabágica estende-se ao resto do país. Cerca de 1.500 farmácias aderiram à iniciativa que tem a duração de duas semanas, terminando, simbolicamente, no dia 31 de Maio – Dia Mundial sem Tabaco.

Trata-se de uma campanha iniciada pela ANF em parceria com o Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

“Estamos a trabalhar em parceria com as sociedades médicas das áreas de cardiologia e respiratória porque o tabaco afecta, de um modo geral, a condição física, o foro respiratório mas não só: é uma dependência que tem de ser combatida”, disse, ao JPN, a coordenadora do departamento de cuidados farmacêuticos da AFN, Susete Costa.

A ANF avançou com esta campanha numa altura em que se assiste à adopção de medidas legislativas por parte de diversos países europeus como a proibição de fumar em locais públicos e fechados. No seguimento deste esforço legislativo e depois das directivas emitidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), “as farmácias portuguesas assumiram uma postura pró-activa promovendo a cessação tabágica”, diz o comunicado.

Acompanhamento frequente e personalizado

Nas farmácias, os candidatos a ex-fumadores são convidados a fazer um teste simples de seis perguntas. Através do teste é possível avaliar o grau e dependência tabágica que se situa entre baixo, médio ou elevado e define-se um plano de acção com os utentes que querem deixar de fumar.

Depois, pede-se ao candidato que marque um dia D para deixar de fumar e convida-se o fumador a ir à farmácia com frequência para que o devido acompanhamento seja feito.

A intervenção dos farmacêuticos também passa por esclarecer as dúvidas sobre os produtos de suporte à cessação tabágica, fazer o aconselhamento necessário e referenciar, se necessário, para consultas especializadas.

As farmácias aderentes devem estar devidamente identificadas, com material da campanha, e devem disponibilizar folhetos específicos com os principais malefícios do tabaco.

Texto e foto: Paula Teixeira