Cerca de 40 mil soldados e reservistas israelitas estão estacionados na fronteira norte de Israel, enquanto aguardam “luz verde” do Governo para entrarem no território libanês.

De acordo com o porta-voz do governo de Telavive, Aviv Pazner, o alargamento da ofensiva terrestre israelita ao sul do Líbano, aprovado ontem pelo gabinete de segurança de Israel, “ainda não começou”.

A operação estará suspensa para dar uma hipótese aos esforços diplomáticos em curso na ONU. “A próxima fase da operação, que ainda não começou, tem como principal objectivo reduzir substancialmente os tiros de foguetes contra Israel. Suponho que isso depende muito do que se passa actualmente em Nova Iorque”, adiantou o ministro israelita da Segurança Interna, Avi Dichter.

Líbano será “cemitério” de Israel

“Vamos transformar a nossa preciosa terra do sul num cemitério para os invasores sionistas”, ameaçou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na emissora de TV do movimento xiita, após o anúncio do Estado judeu de ampliar a ofensiva terrestre.

Nasrallah avisou que as quatro semanas de bombardeamentos não abalaram o Hezbollah e aconselhou os moradores árabes de Haifa a abandonarem a cidade. O líder da guerrilha crê que os Estados Unidos estão a impôr as exigências de Israel ao Líbano, através do projecto de resolução franco-americana.

Entretanto, a proposta francesa de alteração do projecto parece encaminhar-se para a retirada gradual das forças israelitas do Líbano.

Forças israelitas tomaram mais duas localidades

O exército israelita avançou, esta quarta-feira à noite, dez quilómetros para o sul do Líbano, tomando de assalto as localidades de Marjayoun e Qlaiaa. De acordo com a agência Reuters, o conflito já custou a vida a, pelo menos, 1.011 pessoas no Líbano, a maior parte civis e crianças, e 118 israelitas, sobretudo soldados.

JPN c/ agências