O representante israelita junto da ONU, Dan Gillerman, anunciou hoje a oposição do seu país à proposta de um cessar-fogo de 72 horas, em resposta ao pedido da Rússia, entregue ontem, quinta-feira, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No projecto de resolução, a Rússia apelava à interrupção do conflito durante três dias, para “garantir urgentemente toda a assistência humanitária exigida para a população civil do Líbano”.

A justificação da recusa de Israel prende-se com a possibilidade do Hezbollah se “reorganizar”, disse o embaixador de Israel à rádio pública israelita, citado pela Agência Lusa.

Barroso quer “acesso seguro e desimpedido para ajuda humanitária”

O Presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, garantiu, hoje, que um comissário será enviado ao Líbano, na próxima semana, para “tratar, tanto com as autoridades libanesas como com as israelitas, da questão urgente e crítica do acesso seguro e desimpedido para a ajuda humanitária”.

Barroso manifestou o seu “apoio” ao Líbano e quer “minorar o impacto ambiental da crise do Médio Oriente”. “A Comissão Europeia está na primeira linha dos esforços para combater a maré negra ao longo da costa” libanesa, disse.

Nesse sentido, “está a ser preparado o envio de várias toneladas de equipamento especializado”, para ajudar o país a minorar as consequências do desastre ambiental, acrescentou o presidente da CE.

Um mês de conflito, sem acordo na ONU

Os Estados Unidos e a França continuam a tentar finalizar o projecto de resolução para o fim da guerra entre Israel e o Hezbollah, sem acordo à vista.

O conflito completa hoje um mês e, de acordo com a AFP, já se saldou em 1100 mortos libaneses, sendo a maioria civis e 30% crianças com menos de 12 anos.

Carina Branco
c/ agências