A vitória era mais que previsível e só o resultado é que poderia ser alvo de apostas várias. Podiam ter sido cinco, seis ou sete, mas foram apenas três os golos com que a Selecção Nacional derrotou hoje, quarta-feira, a frágil congénere do Cazaquistão no quarto jogo do apuramento para o Europeu de 2008.

Foi uma exibição q.b. dos jogadores portugueses, mas suficiente para arrecadar os três pontos necessários para que Portugal não deixasse fugir na classificação os principais opositores. O jogo serviu também para Scolari observar alguns jogadores: Tonel e Raul Meireles foram titulares e exibiram-se a bom plano; na segunda parte Quaresma mostrou que o seleccionador pode contar com ele.

O domínio da equipa das quinas foi total do princípio ao fim, mas a verdade é que as cerca de 25 mil pessoas que se deslocaram ao Estádio Cidade de Coimbra esperavam festejar mais golos, sobretudo depois de, logo aos oito minutos, Simão ter inaugurado o marcador.

O festival de golos perdidos foi protagonizado por Nuno Gomes que, pouco depois do tento de Simão, teve nos pés o segundo da partida que só veio a acontecer a quinze minutos do intervalo através do inevitável Cristiano Ronaldo. No entanto, ainda houve tempo para o avançado do Benfica falhar mais duas ocasiões de golo.

Do Cazaquistão pouco se pode falar: uma equipa perto do amadorismo que defendeu como pôde e que apenas rematou por duas vezes à baliza de Ricardo.

Na segunda parte, o jogo caiu em qualidade, mas nem por isso Portugal deixou de procurar mais golos. Nuno Gomes continuou a destacar-se pela negativa ao falhar demasiadas vezes frente ao guardião cazaque, ainda que, em algumas situações, a sorte não estivesse do lado do avançado.

Quem brilhou foi outro jogador encarnado. Simão Sabrosa, que fez uma das melhores exibições com a camisola da quinas, foi o grande impulsionador do ataque, tendo fechado a contagem já perto do fim. Do lado oposto, Ricardo Quaresma também se destacou com os seus dribles, emprestando alguma beleza a um jogo em que Portugal justificou plenamente o triunfo, mas com uma exibição que esteve longe de ser brilhante.

João Queiroz
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