Os alunos do 2º e 4º anos dos cursos de Design da Comunicação e Artes Plásticas saíram das instalações da escola e fotografaram os lugares mais simbólicos da zona envolvente à Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
“Aqui Perto” reúne fotografias dos locais mais emblemáticos daquela zona tão típica da cidade. A exposição abre hoje ao público na Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP), às 17h30.
Os rostos envelhecidos das vendedoras da Praça da Alegria, os miúdos do Bairro de S. Vítor, os edifícios em ruínas das Fontaínhas, a calçada da Rua Santa Catarina, as velhas lojas da Praça da Batalha ou a beleza arquitectónica do Cemitério do Prado do Repouso compõem o retrato fotográfico de uma parte esquecida da Invicta.
A realização desta exposição está integrada numa iniciativa maior e mais abrangente. “De ponte a ponte” é um projecto que pretende “estudar e propor estratégias de intervenção no espaço público urbano”, explica Lúcia Matos, professora da FBAUP e comissária da exposição.
Neste projecto há “uma predefinição de limite geográfico mas não um imposição de objectos fotográficos”, diz. Como tal, dentro desse limite, “os alunos tiveram toda a liberdade de escolha para a realização dos trabalhos”.
Além da fotografia, o projecto “De ponte a ponte” engloba outras disciplinas e valências. Os alunos estão também a desenvolver “trabalhos de design gráfico (logótipos para empresas da zona) e desenho, sempre no âmbito de criar estratégias de intervenção”, acrescenta Lúcia Matos.
Diversidade de públicos
Envolver mais que uma instituição e abrir as portas à comunidade não académica são as razões enunciadas pela comissária para a localização da exposição fotográfica.
“Aqui Perto” estará patente na Biblioteca Pública Municipal do Porto de 14 de Dezembro a 27 de Janeiro de 2007.
A escolha da biblioteca não foi ocasional: tal como os locais fotografados, “a biblioteca é um espaço simbólico e importante desta zona da cidade”, o que permite “chegar a públicos diferentes e não restringir apenas à comunidade académica”, refere Lúcia Matos.
