Melhorar o ambiente e a circulação citadinas: eis as principais preocupações do PS, que propõe a duplicação do número de corredores para transportes públicos na cidade do Porto, apresentadas por Francisco Assis esta tarde.

Valorizar a utilização do transporte público, facilitando a mobilidade em toda a cidade é a base da proposta dos vereadores socialistas da Câmara do Porto relativa à alteração dos corredores Bus.”Este investimento não envolve grandes custos e poder-se-iam recuperar partes da cidade como Costa Cabral”, referiu o engenheiro Marques Fernandes, que destaca ainda “motivos ambientais”.

O projecto que o PS pretende ver aprovado prevê o desenvolvimento de corredores Bus longitudinais (da Praça do Império à Cordoaria, do Campo 24 de Agosto a S. Roque da Lameira e do Marquês à Boavista), entradas e saídas da cidade (com mudanças na ligação Areosa-Marquês e Rotunda AEP-Boavista) e também dois eixos no centro da cidade, com grande intensidade de carreiras (Rua Formosa e Rua Mouzinho da Silveira).

A rede existente tem cerca de 25 quilómetros e com as reformas chegaria aos 48. “As transformações aos corredores exigem planeamento”, afirmou Marques Fernandes. No caso da Rua Costa Cabral e S. Roque da Lameira cria-se a oportunidade de requalificar toda a via, com estudos de mobilidade e consequências para os comerciantes e moradores, “sendo importante minorar os inconvenientes”.

Resultados em meio ano

“Chegar onde o metro e o comboio não chegam” é um dos objectivos apontados pelo PS para a valorização da rede de corredores. “Há coisas muito simples de implementar. Se a CMP quiser pegar agora no plano, daqui a meio ano alguns corredores poderão já estar reformulados. Daqui a um ano e meio [o plano estará aplicado] na sua totalidade”, referiu Marques Fernandes.

Francisco Assis reforçou a importância de uma “oposição que não seja meramente negativa” e que “proponha alternativas”. Assis sublinhou a apologia do PS da utilização dos transportes públicos, nomeadamente porque são o meio que mais se adapta ao “Porto contemporâneo”.

O vereador do PS admite que a proposta apresenta desvantagens, como “a perda de estacionamento”, mas defende que as modificações à fisionomia dos corredores Bus iriam tornar a cidade “mais atractiva e central”. “Estamos convencidos da exequibilidade da proposta e esperamos que Rui Rio não encare para este projecto com atitude sectária”, disse.