Numa altura em que começam os banhos de mar e os planos para as férias grandes se intensificam, é hora de lembrar precauções recomendadas todos os anos, mas nem sempre tomadas. Seja na praia ou no campo, as instituições competentes alertam para comportamentos simples que contribuem para que as férias sejam plenamente gozadas, sem acidentes.

“No início da época balnear, o primeiro grande cuidado é a protecção solar. As pessoas passaram o ano inteiro sem apanhar sol e os choques de calor podem trazer alguns problemas para o resto da época balnear”, explica ao JPN o tenente Galhardo Leitão, do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN).

“A água do mar ainda está a temperaturas relativamente baixas. Após grandes períodos de exposição ao sol, não se deve entrar de rompante na água”, continua.

“Frequentar praias vigiadas, respeitar escrupulosamente as instruções e conselhos dos nadadores salvadores, cumprir a sinalética das bandeiras, nadar paralelamente à linha de costa e não mergulhar em locais desconhecidos” são os cuidados gerais a ter nas férias.

“O cuidado especial relativamente às crianças deve-se ao facto de, num abrir e fechar de olhos, poderem perder-se ou ir para dentro de água. Uma vigilância atenta e permanente às crianças resulta em menos casos de acidentes e preocupações para os próprios pais”, concluio responsável do ISN.

Incêndios preocupam Protecção Civil

Para quem elege o campo ou a serra para passar férias, os conselhos são outros.
“Estamos neste momento no início de uma das fases mais críticas em termos de incêndios florestais, a Fase Bravo”, explica ao JPN Gisela Oliveira, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

É uma época caracterizada por “temperaturas elevadas, níveis de humidade relativa baixos e eventuais períodos de ventos quentes são condições propícias aos incêndios florestais. Daí algumas recomendações em relação a actos negligentes ou involuntários que lhes dão origem”, afirma Gisela Oliveira.

A ANPC desaconselha piqueniques com fogueiras. “Se for necessário fazer uma fogueira, que seja num local com uma clareira segura, de forma a que não haja propagação de incêndios. Mas o conselho para esta altura do ano é que não exista nenhuma fonte de ignição junto das zonas arborizadas do país”, reforça.

Aconselhamos também os automobilistas a não ter o comportamento habitual de atirar a ponta do cigarro através da janela, uma das grandes causas de incêndios florestais. Às pessoas que aproveitam as férias para fazer trabalhos no campo, que não utilizem máquinas agrícolas e que limpem num perímetro de 30 a 50 metros à volta das suas casas as folhas secas ou outros elementos inflamáveis”, salienta Gisela Oliveira. “Estes cuidados referem-se à Fase Bravo e também à seguinte, a Fase Charlie, que começa a 1 de Julho e vai até 30 de Setembro”, conclui.