No Dia Europeu da Vítima de Crime, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) apresentou um relatório estatístico que revela que há uma maior visibilidade da vitimação em termos globais.

Segundo os dados estatísticos, os pedidos de apoio à associação aumentaram 0,6%, o que representa 438 requisitos a mais, comparativamente a 2006. A comunicação social é apontada pela APAV como o seu principal meio de divulgação.

Da categoria de crimes, o que mais se destaca é o da violência doméstica, que totalizou 14.534 queixas (mais de 85%). Helena Guerreiro Sampaio, assessora técnica da APAV, sublinha que apesar da abundância deste tipo de crimes “há a possibilidade de minimizar os efeitos negativos, mas impossível erradicar o fenómeno”. A redução de ocorrências deve-se à “melhoria das atitudes de alguns actores das autoridades oficiais”.

A assessora apela também à implementação de novas medidas, tais como: “encarar no quadro de estratégias de prevenção a redução dos níveis de vitimação e dar ênfase quer ao papel da família, da escola, da comunidade e das condições e necessidades sociais, quer à intensificação da protecção, apoio às vítimas de crimes”.

Para Helena Guerreiro este estudo vem demonstrar que “há uma maior consciencialização por parte da sociedade em geral para a questão da criminalidade patrimonial e vitimação”. No entanto, reitera que é importante “sensibilizar a opinião pública no sentido de se prevenir a vitimação e minimizar o sentimento de insegurança”.