Está em curso a criação do Movimento Esperança Nacional (MEP), o novo partido político português situado ideologicamente ao centro. O anúncio foi feito esta segunda-feira por Rui Marques, coordenador do projecto e antigo alto-comissário para a imigração e diálogo intercultural.

Em declarações ao JPN, Rui Marques elucida que “o principal eixo do projecto é a ideia de uma mesa com lugar para todos, através da questão da justiça social, da coesão e da inclusão”. O responsável do novo partido enumera os restantes pilares da acção política do MEP, destacando a “criação de uma sociedade de famílias, onde a família é encarada como a unidade-chave da organização social”. A promoção de “uma cultura de pontes e de diálogo num tempo cada vez mais complexo e fragmentado” é outra das principais prioridades do movimento.

Baseado nos princípios e valores do humanismo, o Movimento Esperança Portugal vai fomentar o bem comum, a solidariedade social, uma economia social de mercado, a democracia e a subsidiariedade. Rui Marques explica que o partido nasce da necessidade de afirmar a “profunda convicção de que melhor é possível, de que Portugal precisa nesta altura de sair desta atitude de desesperança, de desânimo e precisa de enfrentar os problema que tem”.

Primeiras eleições a disputar vão ser as europeias

Segundo Rui Marques, a recolha das 7.500 assinaturas obrigatórias é o único requisito que falta cumprir para a formação oficial do partido. No entanto, o coordenador espera ter as assinaturas necessárias antes do Verão.

As primeiras eleições a que o partido deverá concorrer serão as europeias, em 2009.

Rui Marques adianta ainda que o movimento é constituído por cerca de “60 cidadãos comuns que decidiram dar um passo em frente”.

Entre o PS e o PSD

O Movimento Esperança Portugal situa-se no espaço político entre o PS e o PSD. Contudo, Rui Marques garante que o o partido não existe para se distanciar nem criticar as outras instituições partidárias do sistema político.

Contactados pelo JPN, o PS e o PSD não quiseram prestar declarações. Pelo menos não “antes do partido estar formado e ser conhecido o seu ideário político”, revelou o porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas.