Conhecido pelas ligações ao mundo da ficção científica e da exploração espacial, Clarke morreu esta quarta-feira, devido a complicações respiratórias que o levaram a vários internamentos desde Dezembro de 2007, mês em que completou 90 anos.

Clarke foi levado para o cinema por Stanley Kubrick, em Abril de 1964. Os dois conceberam o filme que é actualmente considerado um clássico da ficção científica, “2001: Odisseia no espaço”, baseado no conto “The Sentinel”, de Clarke.

Em 1952, tornou-se escritor profissional. Escreveu vários artigos de divulgação científica como “Voo Interplanetário” (1950) e “A exploração do Espaço” (1951), e mais de 100 obras que procuram determinar o lugar do Homem no Universo. Além de “2001: Odisseia no espaço”, destacam-se “Childhood’s End” e “Rendezvous with Rama”.

Em 1982, após o sucesso de “2001”, Clarke deu continuidade à saga “Odisseia” ao escrever “2010, Odisseia no espaço 2”, em 1988 lançou “2061, uma Odisseia no espaço 3” e em 1997 publicou “3001, a Odisseia final”.

Vida dedicada à ficção científica

Clarke nasceu a 16 de Dezembro de 1917 em Minehead, na Inglaterra. Em 1948, já com 30 anos, licenciou-se em Física e Matemática no King’s College de Londres.

Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Força Aérea Real britânica como especialista em radares. Em 1969, foi um dos principais comentadores televisivos americanos aquando da chegada da Apollo à Lua.

Actualmente, além de participar em conferências via satélite, Clarke estava a trabalhar na ideia de um elevador espacial. O inventor imaginava que, nos próximos 50 anos, milhares de pessoas viajariam para a Lua e outros lugares.