O enredo não tem nada de extraordinário: junta vampiros e lobisomens, seres ficcionais que desde sempre cativaram os leitores. Mas a novidade de “Crepúsculo” – um fenómeno de popularidade que chega agora aos cinemas portugueses (uma adaptação da obra literária de Stephenie Meyer) – está na forma como a história é contada, não se focando apenas nos vampiros, mas inserindo-os num contexto real, acabando por os tornar quase “normais”.

A história de Isabella Swan apaixona os leitores pela sua simplicidade. Bella é uma rapariga normal, que se muda para Forks, Washington. Ao contrário do que esperava ser a vida nesta pacata cidade, encontra o amor de Edward Cullen, um vampiro.

Além de todas as complicações normais num namoro entre uma simples mortal e um vampiro, a história segue outro rumo e leva-nos até ao universo de mais seres mitológicos: os lobisomens, inimigos mortais dos vampiros, que conseguem, contudo, coexistir.

Meyer consegue descrever nos seus livros todas as reacções e ambientes vividos pelas personagens, o que faz com que os leitores possam quase “entrar” na história.

Os intervenientes são descritos ao pormenor; os próprios vampiros não são descritos da forma tradicional: não têm dentes afiados, não dormem em caixões, podem ser “vegetarianos” e até sair durante o dia. Vampiros que quase passam por humanos.