Aumentar acções de formação sobre o hi5 vocacionadas para pais e docentes e criar publicidade institucional para alertar para os perigos da Internet são duas das sugestões da tese “O hi5 de jovens portugueses: uma forma diferente de comunicar”, apresentada, esta sexta-feira, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Rosa Costa Manso, mestranda da instituição, decidiu analisar esta rede social muito frequentada pelos adolescentes em Portugal, apercebendo-se, mais tarde, dos constantes casos de violência de género no hi5.

“Há uma submissão do feminino, através de, por exemplo, fotografias”, revela, apontando para “comentários que demonstram agressividade” provenientes, “na grande maioria”, de jovens do sexo masculino. Para além disso, Rosa Costa Manso verificou que “não há por parte da ‘vítima’ resposta a esta agressividade”. ” Há uma certa passividade e normalização da linguagem”, conclui.

Para a mestranda é, assim, imperativo aumentar as acções de formação para que os pais possam estar a par da realidade dos filhos, dando como exemplo o que já foi feito no âmbito da iniciativa “Miúdos Seguros na Net“, à qual, refere, é necessário “dar continuidade”. “É preciso criar condições para que os encarregados de educação possam ir ao encontro destas realidades”.

Na opinião da investigadora, é necessário que o Governo crie publicidade para alertar a população para estes perigos, à semelhança do que já foi feito em Espanha.

Claro que, salienta Rosa Casto Manso, existe um lado “fascinante” no hi5, pois esta rede social acaba por ser um mundo em que os “os jovens podem desenvolver a criatividade, através da imagem, de filmes, de músicas”.