A Comissão Europeia aprovou, esta terça-feira, o cultivo e a comercialização de alimentos geneticamente modificados no espaço da União Europeia, nomeadamente a batata Amflora e três variedades de milho.

O aval da Comissão sobre a distribuição de alimentos transgénicos foi mal acolhido pela Quercus. Em causa está a distribuição em larga escala da batata Amflora para fins industriais e uso em rações.

Em declarações à TSF, Margarida Silva, membro da Quercus e coordenadora do Movimento “Transgénicos Fora”, ressalvou os perigos para a saúde dos humanos e animais que a comercialização da Amflora acarreta, dado desenvolvimento de uma forte resistência a antibióticos importantes.

Segundo a activista, este tipo de batata transgénica “vai ser cultivada para uns fins, mas vai aparecer noutros fins”. “Vai aparecer na nossa cadeia alimentar e portanto nós vamos estar expostos a aspectos que a legislação diz, desde 2004, que devíamos estar protegidos.” Margarida Silva declarou ainda que o organismo europeu agiu contra a vontade dos seus Estados-membros.

A Comissão Europeia assegurou, no entanto, que tanto a Amflora como as variedades de milho aprovadas foram intensivamente testadas, em especial no que toca à resistência a antibióticos.