Os últimos dados oficiais dão conta de pelo menos 617 vítimas mortais, depois do movimento telúrico de magnitude 6,9 na escala de Richter que ontem, quarta-feira, assolou o nordeste da China.

De acordo com a agência de notícias Xinhua, praticamente todos os edifícios em Yushu ruíram, o que implicou a mobilização de dois mil soldados, polícias e bombeiros.

Teme-se, contudo, que o número de mortos continue a aumentar, já que há mais de 300 pessoas desaparecidas. A população chinesa está a mobilizar-se no resgate de eventuais sobreviventes, embora as condições meteorológicas e técnicas não sejam as mais favoráveis. Na memória permanece a lembrança do sismo de magnitude 8,0, em Sichuan, a Maio de 2008, que vitimou mortalmente mais de 60 mil pessoas.

A falta de escavadoras, as temperaturas baixas e o vento forte de Qinghai, uma província situada a grande altitude, estão a dificultar as operações.

Por outro lado, os hospitais estão a ficar lotados e alguns produtos hospitalares começaram a esgotar-se.

Sucessão de abalos deixa a população alarmada

O terramoto foi acompanhado de uma série de réplicas de alta intensidade, o que causou o pânico na população. Cinco sismos sacudiram Qinghai, quatro dos quais acima dos 5,0 na escala de Richter. Após os abalos, os residentes de Yushu, a localidade mais próxima do epicentro do terramoto, abandonaram as suas habitações em direcção às ruas.

A zona, de baixa densidade populacional, é sobretudo habitada por tibetanos que vivem em casas de adobe e madeira. Vários prédios, estações de serviço e postes de luz ruíram e há registo de corrimentos de terra (ver Vídeo).

Províncias chinesas cooperam com ajuda financeira

Várias entidades chinesas já fizeram os seus donativos para ajudar no resgate das vítimas. O governo de Pequim e o gabinete de Assuntos Civis de Xangai ofereceram cerca de 1,47 milhões de dólares para a região de Yushu.

Segundo o Ministério dos Assuntos Civis chinês, os governos provinciais de Liaoning e Fujian cederam, cada um, cinco milhões de dólares. Várias províncias da China estão a oferecer tendas, camas e roupas.