José Marques dos Santos tomou hoje, terça-feira, posse como reitor da Universidade do Porto (UP).
Eleito pela segunda vez consecutiva, Marques dos Santos garante que a UP está mobilizada e que estão criadas as “condições para atingir metas mais ambiciosas” durante os próximos quatro anos.

À frente dos destinos da UP desde 2006, Marques dos Santos garante que
“é necessário aumentar o nível de qualificação” da população e diz ainda que “as universidades detêm um papel fundamental” na mudança do modelo produtivo e de desenvolvimento do país.

“A Universidade do Porto vai empenhar-se por vencer este desafio”, afirma o reitor, acrescentando que a aposta passa pela formação superior “ancorada na investigação e na participação activa” das comunidades académicas e sociais.

“Queremos uma universidade de excelência”

Ao longo do discurso da tomada de posse, Marques dos Santos salientou que a Universidade do Porto é “uma referência nacional” a nível da formação e da produção de conhecimento e que é vontade da equipa reitoral consolidar “a posição da UP junto das melhores universidades da Europa e, a médio prazo, das universidades mundiais”.

O reitor da UP garante que vai trabalhar no sentido de “agilizar a cooperação e a ligação
entre as diversas unidades da Universidade”, pois só assim é possível “tirar proveito dos recursos e das competências das diversas faculdades”.

O reitor destaca, ainda, o modelo de Bolonha ao garantir que “a oferta formativa da UP vai ser adequada às necessidades e expectativas dos estudantes”, com a estimulação de cursos multidisciplinares e eficazes, bem como a “adequação do número de horas lectivas semanais”.

Depois de, em Janeiro, a UP ter passado a fundação pública, Marques dos Santos relembra que é necessário “garantir a sustentabilidade financeira da instituição” e, para tal, o reitor quer que as receitas próprias representem “55% do orçamento global anual da universidade”.

Marques dos Santos lembra, ainda, que é necessário “incentivar a cooperação entre a UP e a as entidades locais e regionais da Área Metropolitana do Porto” para a construção de “um futuro sustentável” das políticas de desenvolvimento regional.

Reitor quer UP “entre as melhores universidades do Mundo”

O reitor garante que toda a equipa “tem metas realistas”, sendo que a primeira etapa passa pela afirmação “da UP no ranking das cem melhores universidades da Europa” já em 2011, altura em que a universidade comemora o centenário.

Grande parte do programa das comemorações dos cem anos da UP “já está preparado e deve ser apresentado ao público em Setembro”, explica, adiantando que outro grande objectivo da universidade “para os próximos anos” passa pela “motivação de toda a comunidade académica”.

Numa cerimónia que contou com a presença de pessoas como o cineasta Manoel de Oliveira
ou o presidente da Fundação Serralves, Luís Braga da Cruz, discursaram, também, o presidente do Conselho Geral da UP, Luís Portela, o presidente do Conselho de Curadores da universidade, Paulo Azevedo e ainda o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.