Depois de muitas horas de espera, as portas do Estádio Cidade de Coimbra abrem-se. São
17h30 e a corrida começa. É sábado, 2 de Outubro, o primeiro dia dos U2 em Portugal. Uma multidão aproxima-se das entradas, a agitação é imensa, nem se tomam os procedimentos de segurança adequados. As garrafas de água são barradas, mas câmaras fotográficas e comida, ao contrário do previsto, são permitidas.

Há gente a correr para as grades de segurança à frente do palco, um gigante monumental, objecto de admiração por parte de toda a gente. Muitos são os que tiram fotografias enquanto apreciam a dimensão do estrutura rotativa.

Finalmente, às 21h45, as luzes apagam-se. Debaixo de uma onda de aplausos, os U2 surgem em palco ao som de “Space Oddity” de David Bowie. Depois? Magia. Ao
longo de mais de duas horas de concerto, Bono e companhia escutaram o coro composto por mais de 40 mil pessoas, que cantaram em uníssono canções como “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”, “Sunday Bloody Sunday”, “Vertigo” e “Elevation”.

Bono ainda arranhou o seu português, brincou com os outros elementos da banda e, para gáudio da escolhida, chamou uma rapariga do público, sentou-se no seu colo e cantou. Sem esquecer assuntos mais sérios, o vocalista da banda prestou homenagem a Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz que se encontra em prisão domiciliária na Birmânia, com a música “Walk On”.

No fim, Bono admitiu estar rendido ao público português. “We surrender to Portugal”, disse, antes de se despedirem dos fãs com “Moment of Surrender”.

A abertura do concerto ficou a cargo dos nova-iorquinos Interpol, que, nos 45 minutos de actuação, não demonstraram grande entusiasmo, nem encontraram muita aceitação entre o público. Entre as duas actuações, os fãs ainda esperaram mais 45 minutos, enquanto que
a equipa técnica dos U2 fazia os preparativos finais, espantando a audiência com a agilidade de 12 assistentes de luz, suspensos a mais de 10 metros de altura.

Consulte aqui a set list do concerto

Artigo corrigido às 20h45