O Teatro Sá da Bandeira foi o espaço escolhido para a Festa do Sexo. Durante três dias (quinta, sexta e sábado), das 16h00 às 8h00, o teatro transformou-se no local privilegiado para todo o tipo de fantasias.

Organizado pelo Pridebar, que decidiu, assim, apostar no dogma sexual, o programa do evento era variado: entre shows de cabaret, flamengo e travesti, ainda houve espaço e tempo para striptease masculino e feminino e, também, alguns concursos.

Prevenção em destaque na Festa do Sexo

Num ambiente de trabalho “sem preconceitos”, não faltou o apelo à prevenção, com a presença da associação de protecção sexual PORTOG, presente para divulgar as precauções necessárias para quem dizer do sexo profissão (ou opção).

Num ambiente de sedução e glamour, os visitantes iam-se dividindo entre os espectáculos a decorrer e as sexshops distribuídas pelo Teatro, onde também era possível assistir a filmes pornográficos e até consultar os astros, no tarot erótico. O público mostrou-se receptivo ao ambiente, tendo, inclusivé, alguns dos presentes abandonado o preconceito e participado das demonstrações.

Eduardo Pacheco, da organização, refere que este evento teve como principal objectivo alargar os horizontes dos visitantes, contribuindo para “mudar as mentalidades do Porto”. Com o sucesso da primeira edição, surge a certeza de que o evento será para “repetir anualmente no Teatro”. As dificuldades em organizar uma festa deste tamanho não foram muitas, entende, pois “todo o processo que a envolveu foi positivo”.

Também Vítor Magalhães, igualmente da organização, faz um balanço positivo deste certame. Apesar do número de bilhetes vendidos ter ficado aquém das expectativas (passaram, em dois dias, certa de cinco mil pessoas pelo Teatro) a festa foi “louvada” e “quem esteve, aproveitou”.

O “ponto alto da festa”, acrescenta Vítor, foi a presença de pessoas como Joaquim Monchique ou Carlos Malato. Mas não foram só os “VIP” que se divertiram pois, segundo explica Vítor, o público em geral encontrou o que procurava: “momentos diferentes, em ambientes diferentes, sem a presença de conhecidos”.

Artigo actualizado no dia 8 de Novembro de 2010 às 17h23