Com a criação de uma Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Portugal dá os primeiros passos para constituir uma organização semelhante às que existem nos Estados Unidos, em França e em Espanha e que atribuem prémios às produções estreadas anualmente – os Óscares, os Césares e os Goyas, respectivamente. Esta academia tem como objectivo principal “dignificar os profissionais e o cinema português” e, ao mesmo tempo, “premiar a produção nacional e promover estudos sobre o sector”, explica Paulo Trancoso, impulsionador do projecto.

A futura Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, uma organização sem fins lucrativos, pretende atribuir prémios anuais às produções nacionais e aos profissionais de cinema portugueses. “Todos os anos, o grande momento da Academia será a festa da atribuição dos prémios”, avança Paulo Trancoso.

Até este momento, a academia tem 167 inscrições para futuros membros, entre os quais Manoel de Oliveira, Maria de Medeiros e Joaquim de Almeida. A organização espera atingir as 200 inscrições para “avançar com a assembleia constituinte a aprovar os estatutos”, adianta o promotor do projecto.

O nome dos prémios que serão atribuídos por esta academia que é, segundo Paulo Trancoso, “um voto de esperança no cinema português”, será decidido através de uma votação dos leitores da revista “Premiere”.

A realização da primeira reunião da assembleia constituinte da academia está prevista para o Verão e o primeiro grande evento de premiação das produções nacionais será no início do próximo ano.