A troika, constituída por Jürgen Kröger (CE), Rasmus Rüffer (BCE) e Poul Thomsen (FMI), está em Portugal desde a passada semana. A análise detalhada da economia portuguesa está já a ser concluída.

A segunda fase do trabalho a desenvolver em Portugal passa pela negociação com as autoridades nacionais. Há já uma reunião agendada para amanhã, terça-feira. Nesta etapa, vão ser estabelecidos os compromissos que os responsáveis portugueses devem assumir para que o país receba o empréstimo pretendido.

Depois de acordadas as medidas a tomar em termos de austeridade e reformas estruturais, a troika e as forças políticas portuguesas deverão redigir um memorando de entendimento. Aí, devem constar os compromissos que Portugal tem de cumprir em cada trimestre, para receber o montante definido.

Bruxelas, mais concretamente o Ecofin (onde estão representados os 27 países membros) e o Eurogrupo, deve aprovar esse documento, que deve também contar com o consentimento da direcção do FMI.

O caso português assemelha-se ao da Irlanda, pelo menos nos moldes em que o país efectua o empréstimo. Antes de o FMI entrar na Grécia, já esse país tinha pedido auxílio ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).