“A redução de deputados”, a “privatização de alguns sectores” e a “questão do Rendimento Social de Inserção” são os pontos estratégicos do Partido Nova Democracia (PND), segundo Nuno Almeida, candidato às legislativas pelo círculo do Porto. “Acreditamos numa mudança de direcção”, pois “Portugal precisa de se virar para o mar” e para “fora da Europa”, como defende o candidato.

Nuno Almeida ressalva que o país deve apostar “na produção e na investigação a sério” e não em “oferecer Magalhães” ou dar “novas oportunidades para a estatística”. “A redução de cursos superiores” e a “transformação de alguns em cursos médios” para, “ao fim de alguns anos, estabilizar a oferta do mercado”, deve ser o caminho da educação, salienta o cabeça de lista do PND.

Outra das “grandes bandeiras do PND” é “a guerra sem quarter à corrupção que existe em Portugal”, entende Nuno Almeida. “Portugal é um país de doutores”, onde as pessoas se habituaram “a viver às custas dos subsídios”, facto que tem de ser combatido, defende o candidato do PND.

No que diz respeito à região, o partido não se assume “a favor da regionalização”, mas sim de “uma descentralização eficaz”. De acordo com o quadro político em Portugal, “a regionalização ia ser aproveitada por todos aqueles dinossauros” que, com a lei da limitação dos mandatos, tiveram de “sair das chefias das câmaras municipais” e iriam aproveitar para “tomarem novos cargos públicos” explica o Nuno Almeida.

O PND, criado em 2003, espera eleger candidatos nestas legislativas. “Notamos que as nossas ideias são validas” mas é “difícil chegar às pessoas”, refere. No entanto, o partido diz estar “relativamente próximo de conseguir eleger um deputado”. “Portugal está num ponto de viragem” e tal mudança só pode acontecer se existirem pessoas que defendam o partido “no Parlamento”. Só assim terão “acesso aos podres”, assume o candidato.