E com muito “Ritmo” cumpriu-se mais uma noite de ritual. Depois da “Electricidade” que contagiou as milhares de pessoas que se deslocaram até aos Jardins do Palácio de Cristal na sexta-feira, a noite de sábado agitou os festivaleiros com as batidas quentes do hip-hop e do reggae.

Mas vamos por partes. A noite começou com o som lounge dos The Chargers. A banda portuense não se deixou intimidar por ser a primeira a actuar e deixou satisfeitos os curiosos que se reuniram junto ao Palco Ritual . Um concerto curto, como já vem sendo habitual neste certâme, e que “aqueceu” alguns dos festivaleiros que já estavam no recinto.

Enquanto alguns caminhavam pela Feira Alternativa ou pela zona de alimentação, outros já se juntavam em frente ao Palco 1 para assistiram à actuação dos Terrakota. Com um recinto ainda a meio gás, a banda lisboeta, que se inspira no mundo para comporem temas, trouxe na bagagem o último álbum, “World Massala”, e uma dose de boa-disposição e alegria que se fizeram ouvir por todo o lado.

Sem tempo para grandes pausas, saltamos dos sons do mundo para o rock energético dos aveirenses The Underdogs. Uma actuação sem grandes sobressaltos e euforias, até porque o público já estava com a cabeça e os ouvidos postos no Palco 1. O motivo? A actuação dos Mind da Gap. Com um estridente “Como é que é?”, a banda entrou a todo o gás no palco. “A Essência” serviu de mote para um concerto alargado: o baterista André Hollanda, o Teclista Sérgio Freitas e o DJ Slimcutz ajudaram à festa. Como se não bastasse, O MC Maze dos Dealema subiu ao palco para cantar o tema que dá nome ao novo álbum e a todo o espírito do concerto. Um espectáculo onde foram muitas as mãos no ar e onde os grandes clássicos da banda não foram esquecidos.

Ainda os corpos se refaziam do “power” dos Minda da Gap, e os D3ö já chamavam o público para mais uma dose de puro rock. Sem grandes interacções com o público, os rapazes de Vila Verde aqueceram a plateia que se começava a sofrer com os 15 graus atípicos para uma noite de Verão.

Mas nem só de música se fazem as Noites Ritual. A performance multimédia “Sinergias” encheu o espaço envolvente à Capela Carlos Alberto. A projecção de imagens na fachada do edifício, em comunhão com a música escolhida, encantou todos os presentes e prendeu a atenção

Mas voltando à música, a grande surpresa da noite estava guardada para o Palco 1. Quando os Orelha Negra subiram ao palco, o frio foi esquecido e os corpos ganharam outra vida. Ninguém ficou indiferente à garra do grupo lisboeta que trouxe aos Jardins do Palácio de Cristal os Prodigy e até Beyoncé. Um concerto onde as coreografias surgiram naturalmente e as palmas foram poucas para agradecerem as boas vibrações trazidas pelos Orelha Negra.

A animação continuou pela mão dos 7 Magníficos dentro do Pavilhão Rosa Mota até às 06h00: para os que ficaram pelo recinto, o rock foi o mote para mais uma noite passada a dançar. As Noites Ritual voltam em 2012 e prometem mais música e animação, bem no centro da cidade Invicta.