Mais do mesmo e tropeção do Braga: assim se resume a jornada. Contudo, abordar o fim de semana desta forma cai no simplismo e oculta as dificuldades que Porto, Benfica e Sporting manifestaram para vencer os seus jogos.

O primeiro a entrar em cena foi o FC Porto, na sexta-feira, com o Paços de Ferreira. Vítor Pereira repetiu o onze que lançou contra o Nacional, mas nem a aposta na consistência trouxe progressos exibicionais. Os “dragões” assinaram uma primeira parte de baixo nível e, apesar do golo alcançado – um auto golo caricato -, sairam para o túnel debaixo de um coro de assobios.

Na etapa complementar, James, Moutinho e Kléber renderam Defour, Walter e Hulk, o FC Porto subiu “uns furos” na qualidade de jogo evidenciada e marcou por mais duas vezes, com golos de Kléber e Moutinho. Mas as melhorias não cativaram o público do Dragão que continua desconfiado do potencial da equipa.

A vitória portista não amedrontou o Benfica que, no sábado, derrotou a Olhanense por 2-1. Um começo avassalador praticamente terminou com o desejo dos algarvios pontuarem na Luz, já que, aos 15 minutos de jogo, o placar assinalava dois para a equipa da casa, ambos da autoria de Rodrigo (que se estreou a marcar) e zero para os visitantes.

Jesus promoveu uma mini-revolução na equipa ao lançar Aimar, Gaitán, Rodrigo e Maxi Pereira, sobre quem se especulou de que poderia não entrar no onze, para os lugares de Witsel, Nolito, Saviola e Ruben Amorim.

No início da segunda parte, a Olhanense reduziu para 2-1, através de Wilson Eduardo, e ainda fez tremer o Benfica, que não manteve a cadência ofensiva demonstrada no primeiro tempo.

Quem se atrasou na corrida pelos lugares cimeiros, foi o Sporting de Braga, que, no sábado, defrontou a Académica, em Coimbra. Num jogo que prometia bom futebol, estudantes e arsenalistas incutiram ritmo no futebol praticado, sem que isso se reflectisse em claras ocasiões de golo.

E se o Braga ia tendo o ascendente da partida, certo é que a grande ocasião do encontro pertenceu à Briosa, na segunda parte, quando Éder cabeceou à barra. As duas equipas foram incapazes de desfazer o nulo e o 0-0 final acaba por sorrir mais à Académica, que preserva o sexto posto, do que ao Braga, que vê Porto, Sporting e Benfica distanciarem-se.

Aí vão 10

Este Sporting está imparável. No domingo, a viagem a Aveiro, casa emprestada do Feirense, saldou-se em mais três pontos, que creditam a equipa de Alvadalade como um candidato indiscutível ao título, contrariando a tendência dos últimos anos. No entanto, desbloquear o marcador não foi uma mera questão de tempo, como se verificou em partidas anteriores.

Antes de a “sociedade holandesa” Schaars-Wolfswinkel resolver o assunto, o central do Feirense, Henrique Nogueira, viu dois cartões amarelos em três minutos e deixou os anfitriões a jogar com dez, numa decisão muito contestada pela equipa de Santa Maria da Feira.

Justamente dez minutos depois, o árbitro André Gralha apontou para a marca de penalidade, por alegada falta de Cris sobre Schaars, e Wolfswinkel marcou o seu sexto golo na Liga, tendo também o lance motivado protestos dos “Fogaceiros”. Aos 77 minutos foi a vez de Schaars fazer o gosto ao pé com de um remate de primeira de fora de área. O Sporting alcançou, assim, a sexta vitória consecutiva na Liga e a décima considerando todas as competições.

Nesta jornada, destaque ainda para a vitória do Guimarães sobre o Rio-Ave por 2-1, que permitiu ao conjunto vimaranense deixar de ser o “lanterna vermelha”. O Nacional derrotou o Beira-Mar por 2-1, a União de Leiria conquistou pela terceira vez os três pontos frente ao Vitória de Setúbal (2-0), enquanto o Gil-Vicente Marítimo, interrompido três vezes devido ao nevoeiro, acabou por ser adiado para esta terça-feira, às 16h00, de forma a cumprir os 15 minutos finais da partida.