O Benfica alcançou ontem a final da Taça da Liga ao vencer o F.C. Porto, no Estádio da Luz, por três bolas a duas.

Ambos os treinadores promoveram alterações em relação àqueles que são os habituais titulares. Jorge Jesus apostou em Eduardo na baliza, no espanhol Capdevilla a lateral-esquerdo e entregou a frente de ataque ao jovem Nélson Oliveira. Vítor Pereira promoveu uma maior rotação na equipa, lançando Bracalli, Mangala, Alex Sandro e Kléber e colocando Álvaro Pereira a atuar como extremo-esquerdo.

O Benfica não podia ter entrado melhor no jogo, já que Maxi Pereira inaugurou o marcador logo aos 4 minutos, após uma grande desmarcação de Bruno César. A verdade é que a resposta dos “dragões” não se fez esperar. Quatro minutos depois, Hulk tem uma grande investida pela direita e entrega a bola a Lucho González, com a bola ainda a sofrer um desvio de Nolito antes de bater no fundo das redes.

O F.C. Porto ganhou alguma superioridade no jogo após o empate. Álvaro Pereira deu o aviso, ao rematar ao lado após cruzamento de Hulk, e aos 17′ os “dragões” marcaram mesmo, numa boa entrada de cabeça de Mangala na sequência de um livre de João Moutinho.

Ainda na primeira parte, o Benfica criou inúmeras oportunidades para empatar de novo a partida. Luisão, no mesmo lance, cabeceou à barra e rematou ao poste, este último remate após uma grande intervenção de Bracali. Depois foi a vez de Aimar atirar ao ferro, na marcação de um livre direto, com a bola a sobrar ainda para Maxi que não conseguiu a recarga. O Benfica só acabou por chegar ao empate no final do primeiro tempo, num remate de peito de Nolito.

No segundo tempo, o jogo baixou bastante de intensidade. O Benfica exercia um maior domínio territorial, mas sem criar lances de perigo, e o Porto partia sempre com vários elementos para o contra-ataque. O golo decisivo acabou por surgir por intermédio do inevitável Óscar Cardozo. Lançado por Jorge Jesus na segunda parte, combinou muito bem com Gaitán, afastou-se de Mangala e rematou forte e colocado, sem hipóteses para Bracali. Antes do final da partida, Hulk ainda conseguiu isolar-se, mas o lance foi interrompido por fora-de-jogo do avançado brasileiro.

O Benfica atinge assim a quarta final da Taça da Liga consecutiva e, mais importante, afasta o fantasma das derrotas caseiras com os “dragões”, que duravam desde a época transata. Os encarnados vão agora defrontar Gil Vicente ou Sporting de Braga, na final a disputar a 14 de abril, em Coimbra.