A Santa Casa da Misericódia do Porto (SCMP) foi fundada a 14 de março de 1499, na Ordem Jurídica Canónica e hoje, mais de 500 anos depois, procura manter um “compromisso entre a tradição e a modernidade”, garante o seu provedor, António Tavares.

A SCMP opera em diversos setores. Na área da saúde, foi pioneira na gestão hospitalar da cidade. A instituição atua na área das demências, opera no Centro de Dia de Doentes para Alzheimer e na unidade de saúde continuada para doentes mentais. Estes são alguns dos projetos que “evidenciam que a SCMP está a olhar para o século XXI com os olhos na mudança do paradigma”, afirma António Tavares.

Para além da missão da instituição, que é seguir as “14 obras de misericórdia“, são lançados novos projetos que têm o objetivo de procurar novas respostas. É o caso do “Chave de Afetos”, que visa ajudar a resolver o problema da solidão dos idosos.
Também o futuro Hotel Social, cujo patrono vai ser o bispo emérito de Setúbal, Manuel Martins. O hotel foi criado para que se possa “alojar pessoas em situações de emergência, de catástrofe ou de despejo”, acrescenta António Tavares.

Esta iniciativa ainda não foi aprovada. Contudo, “há uma vontade política do governo para que o projeto avance”, afirma. Para o provedor da Santa Casa, “o projeto não tem dificuldade nehuma em se poder materializar” e, se tudo correr como esperado, em meados de junho será possível ter o equipamento ao serviço dos portuenses.

Para além da solidariedade social, a SCMP também aposta na cultura. O Museu da Santa Casa, situado da rua das Flores, é um projeto com mais de cem anos que ficará completo em 2013. Está situado no centro histórico do Porto com a finalidade de aproveitar o fluxo de turistas que chegam à cidade. Um dos objetivos deste museu é “tornar rentável um património que estava, de certa maneira, escondido da cidade”, acrescenta António Tavares.