I Help With My T-shirt and You?. Esta é a frase que serviu para Miguel Vieira, Anabela Baldaque e Nuno Gama criarem uma t-shirt para a campanha de solidariedade da Cruz Vermelha.

O resultado está dentro de uma caixa – com o preço de 10 euros – que inclui, para além da t-shirt, um “voucher” da Bodyscience, um cartão da TMN que dá acesso a um concerto, entre outros mimos. Sob o tema do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, a delegação do Porto da Cruz Vermelha decidiu aliar a criatividade a esta causa solidária.

A campanha está inserida “num programa de elaboração de fundos para a sustentabilidade da instituição”, observa Maria Otília Novais, presidente da delegação do Porto da Cruz Vermelha. “Não queremos entrar no modelo de ‘estamos em crise’, pelo contrário temos que sair dela de uma forma criativa”, acrescenta.

Com 28 postos de venda em todo o país, a delegação do Porto da Cruz Vermelha encara esta iniciativa de uma forma bastante profissional. “Não chega só a boa vontade, estas coisas têm que ser tratadas com profissionalismo”, tendo em conta que “o mero peditório já não funciona tão bem, temos que dar qualquer coisa em troca do ato solidário da forma mais criativa possível”, argumenta Maria Otília Novais.

“A criatividade não nasce da noite para o dia”

Miguel Vieira foi o primeiro estilista a chegar à Galeria de Arte Henry Dunant, no Porto. Teve uma conversa rápida com o P3: “gostava de participar em mais iniciativas de solidariedade, mas é preciso disponibilidade para isso”. Em cada campanha “existe um trabalho de criatividade que não nasce do dia para a noite”, porque “fazer por fazer não é difícil, mas concretizar algo e tentar enaltecer a instituição já requer mais trabalho”, observa o estilista português. Na t-shirt branca assinada por Miguel Vieira pode ler-se “Ano da solidariedade entre gerações”, em forma de cruz, colocada na parte lateral da peça.

Anabela Baldaque também esteve presente na apresentação da campanha. “A Cruz Vermelha faz parte das minhas recordações de infância” e portanto “é muito bom estar associada a esta causa”, explica a estilista portuguesa. A peça que produziu surgiu da ideia de que “todas as árvores têm folhas diferentes, da mesma forma que cada ser humano é único”, algo que resultou numa estampagem com 15 folhas distintas, de cor preta.