Quem tem muitos amigos no Facebook vai deixar de ser apenas reconhecido como pessoa popular. Agora, também pode passar a ser visto como pessoa “stressada”. Quem o diz é um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, levado a cabo por Ben Marder, professor daquela instituição.

O autor fez um inquérito a mais de 300 utilizadores que utilizam a rede social, na sua maioria estudantes, com uma média de idades de 21 anos. A partir daqui concluiu que as pessoas com mais amizades têm um maior potencial de desenvolver ansiedade, tendo em conta que a sua atividade repercute-se por um espetro mais alargado.

Ben Marder percebeu, ainda, que esta ansiedade pode transformar-se em stress, quando, na lista de amigos, também estão adicionadas pessoas como os pais ou os patrões. “O Facebook costumava ser uma grande festa para todos os amigos, onde se pode dançar, beber e seduzir. Mas agora, com a nossa mãe, o nosso pai e o nosso patrão lá, a festa torna-se um acontecimento de ansiedade, cheio de potenciais minas sociais”, refere o autor.

Ben Marder identificou as publicações em que os utilizadores surgem a utilizar linguagem inapropriada, a beber e a fumar, como as mais geradoras de desaprovação por alguns “amigos” e, consequentemente, criadoras de stress.

A partir dos resultados obtidos, o estudo da Universidade de Edimburgo mostra, ainda, que 55% dos pais seguem os filhos no Facebook.