Ao longo de 2012, a Câmara do Porto (CMP) esperava ter conseguido vender, em hasta pública, o parque de estacionamento Silo-Auto, transferir parte dos encargos com a empresa Águas do Porto e concessionar os parcómetros da cidade. Se tudo isto tivesse sido conseguido, a CMP teria um lucro de 49,7 milhões de euros.

Como nenhuma das situações chegou a concretizar-se, a Câmara do Porto vai votar, esta terça-feira, na 3.ª alteração ao orçamento autárquico de 2012, que, agora, deve corrigir o valor do mesmo com uma subtração de cerca de 50 milhões de euros.

Rui Rio justifica o insucesso das três operações previstas para 2012 com a “actual conjuntura do país”, pode ler-se no documento que vai a votação, assinado pelo presidente da CMP, a que a Agência Lusa teve acesso.

Em janeiro, a autarquia tinha colocado à venda, em hasta pública, por 10,1 milhões de euros, o parque de estacionamento Silo-Auto, mas não houve nenhum interessado. Em setembro, Rui Rio falava na possibilidade de a Câmara arranjar um parceiro para quem tranferisse 45% da gestão da empresa Águas do Porto, operação que foi infrutífera.

Por último, o objetivo de concessionar os parcómetros do município, que permitiria um encaixe inicial de 10,3 milhões de euros, esbarrou no chumbo das duas propostas que se candidataram ao concurso público aberto para o caso. Com a nova revisão ao orçamento de 2012, este deve baixar para os 220,3 milhões de euros.