“Nos dias 12 e 13 de julho a música vai andar atrás das pessoas, ao lado delas, de braço dado. Vai estar ao fundo da rua, ao virar da esquina, naquela varanda, no cimo daquelas escadas, à porta daquela loja”, lê-se no site da iniciativa, que promete um fim de semana recheado de sons, nas ruas da cidade de Espinho.

A maratona começa na noite de dia 12, com Sensible Soccers, às 20h, na Praia da Baía. Uma hora depois, sobe ao palco a Capicua. Já a 13 de julho, a música dura todo o dia: às 10h, Nuno Prata dá música no Aipal; às 11h Filho da Mãe está no Mercado Municipal e às 12h, Minta & The Brook Trout estão junto à Casa Alves Ribeiro (rua 19).

Depois do almoço, emmy Curl ajuda a fazer a digestão, às 15h, no Intensus. NACO continuam na Cafetaria Conde Ferreira, às 16h, e à hora do lanche é JP Simões que volta ao local onde já atuou emmy Curl para terminar a maratona, às 18h.

Uma programação a cargo de André Gomes, editor do BodySpace, que vai servir de banda sonora a uma série de atividades que decorrem no âmbito deste Festival do Norte.

Concertos, projeções e instalações artísticas

No sábado, 13 de julho, Ana Aragão apresenta “Espinho: Uma cartografia (des)encontrada”. A jovem arquiteta – licenciada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto -, que “faz da paixão pelas cidades mote para o seu universo gráfico”, vai a cartografia da cidade de Espinho, num “encontro entre a cidade objetiva e a cidade subjetiva, entre a imagem real e imagem mental”.

Tim Steiner quer dar “um concerto com e para toda a cidade”, às 19h, na Praça da Câmara Municipal. “O espetáculo propõe a criação de música a partir do trabalho com professores e alunos da Academia de Música de Espinho e uma performance com profissionais e amadores, orquestra e público. A ideia é compor um corpo de obra inédito, usando material sonoro com que os intervenientes se identifiquem e que crie um forte sentimento de pertença entre a população”.

Já às 22h, também na Praça da Câmara Municipal, acontece “Sensorama Espinho”, um espetáculo de “vídeo-mapping”, da Dub Video Connection, que quer “redescobrir a identidade da cidade, através da sua relação com o mar e com o comboio”. A iniciativa, que confere aos edifícios “um estatuto de ecrã audiovisual tridimensional” e explira “a emoção através do fator ilusionista” vai recriar, na noite do espetáculo, “uma tempestade vinda do mar” para “atormentar a cidade”.

Enquanto isso, João Martins, sonoplasta e compositor, vai criar uma “cartografia sonora possível, comunitária, intersubjetiva, da cidade de Espinho”, que procura “descobrir as relações entre as comunidades envolvidas e entre estas recolhas, o território e as suas dimensões simbólicas”. O projeto vai ser apresentado sob a forma de instalações sonoras, entre as ruas 8 e 24.

Uma iniciativa pela “valorização social, cultural e económica da região do Norte de Portugal”

Mas Espinho é apenas um dos pontos do Festival do Norte, que envolve ainda Santa Maria da Feira, Valongo e Guimarães. O objetivo é levar música, performance, artes plásticas e estreias nacionais e internacionais às ruas e praças das cidades do Norte de Portugal. Este é já o segundo ano consecutivo da iniciativa, que em 2012 aconteceu em Braga, Viana do Castelo e Vila Nova de Gaia.

Promovido pela Turismo do Porto e Norte de Portuga l (TPNP), e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regiona (FEDER), o Festival do Norte “obedece a uma visão transversal de turismo criativo e elege a criatividade, o conhecimento e a inovação como fatores essenciais à valorização social, cultural e económica da região do Norte de Portugal”.