Durante dois dias, a sexta edição do “U.Frame” foi o centro das atenções de todos os universitários interessados pelo cinema. Em declarações ao JPN, a coordenadora do festival, Joana Miranda, explicou que o importante da participação de diferentes universidades serve não só para que cada uma possa mostrar a sua área de influência, como também para criar força e visibilidade junto dos média.

Joana Miranda comenta, com alguma tristeza, que a diminuição de público presente no “U.Frame 2013” pode estar relacionada com a ausência de realizadores de filmes exibidos no festival. Explica, ainda, que o facto de se tratar de um festival gratuito e sem grandes nomes de cartaz – diferente de festivais como o “Curtas de Vila do Conde” ou o “Doc Lisboa” – pode influenciar a pouca adesão do público.

Neste género de festival, o motivo de atração são os trabalhos feitos por estudantes e a valorização dos mesmos enquanto trabalho experimental e de formação. O “U.Frame” espera, no entanto, captar e envolver estudantes da área de Cinema e das Ciências da Comunicação, como forma de encontrar sinergias e partilhar experiências, para entender como é feita a produção noutras escolas, uma vez que, hoje em dia, o mercado é cada vez mais internacional.

Joana Miranda confessou ao JPN que termina sempre emocionada com o resultado final do “U.Frame”, depois do esforço de uma produção muitas vezes solitária dos estudantes. Num tom descontraído, perguntámos se não seria irónica a existência deste festival no seio da Universidade do Porto, uma vez que a UP não tem um curso superior na área de cinema. Joana Miranda confessa que gostava que a instituição tivesse um curso de cinema e que até a própria realização do “U.Frame” é uma forma de contornar essa mesma situação.