“Film in 2013: What, How, Why?” juntou cinco personalidades de backgrounds diferentes, ligadas ao mundo do filme, no espaço de intervenção cultural Maus Hábitos. Nancy Schiesari, Bruce Geduldig, Andreia Magalhães, Debbie Anzalone e André Almeida partilharam entre si, e com o público, o seu trabalho e algumas das suas opiniões e questões em torno da temática do filme em 2013.

A realizadora Debbie Anzalone, cujo trabalho prende-se nos documentários, apresentou alguns dos truques empregues nos seus projetos. Pelas características mais humanas dos documentários, a realizadora londrina elimina à partida as questões mais técnicas e revelou aplicar-se na criação de uma relação familiar com os entrevistados. Segundo Debbie, sentir o que se está a filmar é o mais importante.

Com o Bruce Geduldig, o debate de ideias progrediu para a aplicação prática dos filmes. Todos concordaram que, os seus projetos podem ser exibidos tanto num museu como numa página online. Porém, o cineasta norte-americano referiu que, a primeira intenção era colocar o seu trabalho na Internet.

No futuro, qualquer pessoa poderá possuir uma câmara para cinema

A democraticidade permitida pelo aparecimento das pequenas câmaras digitais foi alvo de reflexão na “mesa redonda”. A distribuição de trabalho é facilitada pela inovação tecnológica, uma questão vantajosa, segundo os convidados, mas que pode levar à “morte” dos CD’s e DVD’s. A necessidade de humanizar a tecnologia, uma vez que o digital será algo pouco orgânico, surgiu da opinião de um dos presentes no público.

A professora Nancy Schiesari revelou que as câmaras constituem como que um “casamento entre o Este e Oeste”, visto que o mundo ocidental utiliza equipamentos fabricados no Japão. André Almeida, professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, referiu que uma câmara pequena faz com as pessoas ajam naturalmente, facto que ocorreu num dos seus documentários.

A reflexão e a interação nesta atividade do Future Places permitiu concluir que, os filmes caminham para um trabalho fragmentado e individualizado. A evolução tecnológica permitirá, segundo Bruce Geduldig, no futuro a qualquer pessoa possuir uma câmara para cinema.