A cidade da Maia será palco da 21.ª edição da Taça Internacional Maia Jovem. Entre os dias 4 e 13 de abril, os melhores jovens do mundo tenístico, até aos 14 anos, irão rumar à Cidade Europeia do Desporto de 2014. Por isso mesmo, Wilson Costa, um dos diretores do torneio, espera “uma grande festa do ténis para comemorar este ano que é especial aqui na Maia”.

O “feedback” à competição de categoria 1 do TennisEurope demonstra que “o torneio é sem dúvida um dos melhores do mundo”, apesar das suas limitações quando comparado com a restante elite. “Obviamente que não conseguimos competir com o Les Petits Ás porque é feito onde é feito o Roland Garros, tem já um estrutura montada muito maior à nossa, e o Orange Bowl em Miami, que tem um público-alvo muito forte da academia de ténis dos Estados Unidos”, explica o diretor.

A expetativa é “sempre alta”, para aquele que é já um “torneio de referência, quer a nível da Maia, quer ao nível do panorama tenístico português”, acrescenta Wilson Costa, admitindo contudo que a realização do Maia Jovem “começa a ser cada vez mais difícil em virtude dos patrocinadores não terem as possibilidades de anos transactos”.

Edição deste ano conta com mais de 230 atletas de 38 países

Confrontos entre Rússia e Ucrânia impediram recorde de inscrições

O número de inscrições da nova edição da Taça Internacional Maia Jovem ultrapassou os 350 atletas inscritos e estiveram perto de bater o recorde de inscrições nas mais de duas décadas do torneio. Contudo, desistências de última hora dos atletas de Rússia e Ucrânia baixaram significativamente o número. “Acabamos por questionar as federações dos respetivos países o porquê da desistência tão em cima da hora de atletas destes dois países e acabaram por nos confirmar que o conflito acabou por retrair muito as pessoas a sair desses próprios países”, explica Wilson Costa, diretor do torneio.

Numa retrospetiva às vinte edições anteriores, vai para uma década que um jovem português não conquista a taça. A última ocasião foi em 2005 através de Martin Trueva e marcou o início de um interregno de oito anos até um português voltar a estar perto da conquista do caneco. “O ano passado tivemos o Duarte Vale na final, foi finalista vencido, porque não esperar que este ano tenhamos um tenista português vencedor?”, considera Wilson.

Desde a vitória de Juan Carlos Ferrero em 1994, às participações de Viktoria Azarenka, Urszula Radwanska, Roberta Vinci, ou até dos portugueses Rui Machado, Leonardo Tavares e Gastão Elias, vencedor em 2004, foram vários os nomes já consagrados que passaram pela terra batida do Complexo Municipal de Ténis da Maia. Para Wilson Costa, estão longe de ser os únicos: “Creio que alguns nomes que aqui passaram e ganharam vão dar cartas no futuro e ser jogadores muito conhecidos”, afirma.

A edição deste ano conta com a participação de mais de 230 atletas de 38 países. Os cabeças de cartaz do quadro masculino passam pelos checos Tomas Jirousek e Tomas Machac, e pelo britânico Jake Hersey, números 6, 11 e 13 do TennisEurope. Já no contingente feminino, a checa Lucie Kankova, a alemão Irina Siemers e a espanhola Carlota Megias, números 8, 13 e 14 do mundo, são as principais favoritas à conquista do torneio.