São alunos do Mestrado Integrado em Bioengenharia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e juntaram-se a uma estudante de doutoramento do MIT Portugal para estudar o comportamento das células endoteliais em hipergravidade.

Estas células revestem o interior dos vasos sanguíneos e a equipa – “angiogravity” – propõe-se a estudar a reação ao estímulo mecânico da hipergravidade.

A “angiogravity” concorreu em 2013 ao “Spin Your Thesis!” com o objetivo de estudar algo que fosse pertinente. Miguel Ferreira integra o grupo e explica que o estudo das células endoteliais em gravidade alterada só agora está a dar os primeiros passos. “É importante para perceber como reage o corpo humano a este tipo de estímulos quando queremos enviar um astronauta para o espaço”, afirma o estudante. No entanto, vão fazê-lo de forma invertida, uma vez que no espaço há um ambiente de microgravidade.

De 8 a 19 de setembro os quatro alunos desenvolverão a pesquisa nas instalações da Agência Espacial Europeia, em Noordwijk, na Holanda. Daniel Carvalho também faz parte da equipa e destaca a possibilidade de se abrirem algumas portas no futuro e de poderem “aprender com pessoas de renome e trabalhar em instalações invulgares e de alta tecnologia”. “Vai ser interessante observar esse dispositivo de enorme envergadura (diâmetro de cerca de oito metros) a rodar com as nossas preparações biológicas”, conclui.

Durante as duas semanas terão uma mentora da Associação Europeia de Investigação em Microgravidade e contacto com a experiência dos profissionais da Agência Espacial Europeia. O projeto é financiado pelo “Spin Your Thesis!” e pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) da Universidade do Porto.