IV Fórum do Ambiente realiza-se já nesta quarta-feira, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). O evento é organizado pelo Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente (MIEA), numa edição (a quarta) que marca também o décimo aniversário do MIEA.

No evento estarão em discussão temas como “Engenharia do Ambiente e Futuro”, “Qualidade do Ar” e “Ecologia Industrial”. O Fórum do Ambiente acontece desde 2011 e conta com a colaboração de estudantes, docentes e oradores. Este fórum é composto ainda por apresentações de especialistas e empresas reconhecidas nas diferentes áreas de intervenção da Engenharia do Ambiente.

Várias referências no mundo da Engenharia do Ambiente, como a Cimpor, Águas do Porto, Águas do Noroeste e Lipor já confirmaram presença no evento. “Com uma sociedade orientada por valores consumistas, em resultado dos desenvolvimentos tecnológicos alcançados pelo homem, torna-se fundamental encontrar o equilíbrio entre o ser humano e o planeta Terra”, defendem os organizadores da iniciativa.

Promover o curso, partilhar experiências e mostrar oportunidades de futuro na área continuam a ser a base deste projeto.

A importância do Fórum do Ambiente

Desde a sua primeira edição, o Fórum do Ambiente tem evoluído de forma constante. André Reis, membro da comissão de Design, Divulgação e Comunicação do evento, afirma que a recetividade do público é a prova da importância desta iniciativa.

O projeto “começou como um pequeno grupo que promovia apresentações de certos alunos e docentes enquadrados em diversas vertentes ambientais. Contudo, projetou-se para um patamar de reconhecimento nacional, ilustrado pela crescente adesão, não só de membros da Universidade do Porto, como de diversos ciclos de estudos de vários pontos do país”, diz, ao JPN.

Portugal e a sustentabilidade ambiental

Com a entrada no século XXI, a população mundial parece ter despertado para as questões ambientais. Efeito de estufa, aquecimento global e o degelo das calotes polares são conceitos que já estão no vocábulo da população mundial. “Um dos principais objetivos do ser humano para o século XXI é atingir a sustentabilidade global”, refere André Reis. Esta sustentabilidade só será atingida quando os aspetos ambientais estiverem num nível de reconhecimento e de ordem de trabalhos máximos.

Na verdade, Portugal tem acompanhado esta crescente atenção às áreas do Ambiente, mas esta é uma corrida que ainda está no início. As metas têm de estar sempre a ser criadas e, para tal, “Portugal tem de continuar a investir, seja financeiramente, como culturalmente”.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, as empresas têm demonstrado interesse em contratar Engenheiros do Ambiente. Ainda assim, trata-se de uma profissão algo desvalorizada no país. “Em Portugal ainda não existe um devido reconhecimento, por parte do mercado, da importância e versatilidade de um membro deste ciclo de estudos”, considera André Reis.

Eventos como o Fórum do Ambiente são importantes para despertar o interesse da comunidade e das empresas para a importância deste profissionais. O membro da comissão de Design, Divulgação e Comunicação do evento salienta, em jeito de conclusão, a “importância da gestão de resíduos/efluentes, pois toda a indústria e/ou comunidade necessita de um ambiente acolhedor e mais importante, saudável”.

A edição deste ano já conta com um grande número de inscrições, o que mostra o consolidar do interesse nacional e a vontade que o evento chegue a um nível internacional.