Objetivo cumprido. Era importante para o FC Porto ganhar ao Brugge, esta quarta-feira, no Estádio do Dragão, não só pelas contas do apuramento no grupo mas também para preparar o clássico com a moral em alta.

Nesse sentido, a equipa entrou decidida a tomar conta do jogo e a resolvê-lo rapidamente. Resolveu-o com um golo, mas poderiam ter sido mais. No final houve algum ascendente do Brugge mas a equipa portuguesa soube sofrer e aguentar o resultado que lhe permitiu subir ao segundo lugar do grupo, por força do empate do Copenhaga com o Leicester, na Dinamarca.

No habitual 4-4-2 de Nuno Espírito Santo destaque para as movimentações de Herrera, Otávio e Jota que tornaram o sistema tático muito próximo de um 4-2-3-1 ou de um 4-3-3. Herrera apoiava os avançados, Jota baixava para receber bola e Óliver era o construtor mais perto de Danilo. Nota também para a entrada de Maxi no onze, em detrimento de Miguel Layún. Do lado Belga houve muitas alterações em relação à jornada anterior mas notou-se uma equipa decidida a chegar à baliza de Casillas.

Exibição em crescendo

O FC Porto entrou bem no jogo criando algum perigo logo ao segundo minuto de jogo, com Diogo Jota a não chegar ao cruzamento de um colega. Porém, apesar do controlo da partida, houve algum desacerto no último passe pelo que a equipa não conseguia criar nenhuma chance clara de golo. Aos dez minutos a equipa portuguesa pediu penalti num lance duvidoso sobre André Silva. Undiano Mallenco mandou jogar. Mais à frente, pelos 27 minutos é a vez dos belgas reclamarem grande penalidade na sequência de um canto em que Óliver sustém com o braço um cabeceamento de Claudemir.

Com o passar da primeira parte, o domínio portista acentuou-se e foram-se sucedendo oportunidades de golo. O único tento da partida surge ao minuto 37. Na sequência de um canto, André Silva cabeceia ao primeiro poste, beneficiando, ainda, de um desvio do defesa da formação belga.

Ao intervalo o FC Porto vencia justamente com um resultado que poderia ser mais dilatado. A equipa conseguiu impor-se sobre o adversário, criando ocasiões de golo, algo que não conseguiu tão facilmente no jogo da primeira volta.

A união fez a força

A equipa portuguesa entrou na segunda parte num ritmo mais baixo, não deixando de procurar o segundo golo. O Brugge aproveitou e foi-se aproximando da baliza portista, conseguindo igualar a percentagem de posse de bola. As entradas de Limbombe e Izquierdo conferiram maior poder de ataque à equipa visitante, assim como a de Corona ao Porto. O extremo mexicano criou alguns lances de perigo a partir de jogadas individuais, com a equipa já a jogar em 4-3-3.

O problema foi que o Porto não aproveitou as diversas oportunidades de golo de que dispôs. Como tal, teve que sofrer nos minutos finais da partida. Aqui a união da equipa foi determinante para controlar o jogo e dar resposta às tentativas finais do Brugge para chegar ao empate.

“A melhor motivação para o próximo jogo é ganhar”

No final do jogo, o treinador do Futebol Clube do Porto considerou a vitória justa, embora lamentando a falta de eficácia, dada a elevada quantidade de oportunidades criadas.
“Os jogadores sabiam que o jogo era para ganhar. Souberam estar unidos e assimilaram as ideias a praticar.”

A quatro dias do clássico contra o Benfica, Nuno Espírito Santo diz que “a melhor motivação para o próximo jogo é ganhar”, mencionando ainda que “os jogadores estão de parabéns e que agora têm que descansar para o jogo de domingo.

Para Óliver Torres, o resultado foi justo e o médio deixou uma promessa: “Evidentemente que domingo será para morrer e vamos deixar tudo em campo”. Já Maxi Pereira, de regresso à titularidade, referiu que “era um jogo muito difícil e ganhar era o mais importante”. Sobre o jogo de domingo, o lateral considera-o “decisivo”. Miguel Layún destacou a importância da vitória e garantiu que “o objetivo é seguir para a próxima fase da Liga dos Campeões”. Pelo meio comentou a concorrência de Maxi Pereira, elogiando a qualidade e o trabalho do companheiro. Disse também ser uma opção jogar mais à frente e rejeitou a ideia de ter sido poupado para o clássico.

“Vamos fazer tudo para conquistar pontos”

Já o treinador adjunto do Club Brugge KV, Philippe Clement, elogia a prestação dos seus jogadores no início da partida, visto que tem sido “um período com muito trabalho e devastado por muitas lesões”.

Em relação à posição que ocupam no grupo, o último lugar, o treinador belga ressalva que o clube parte sempre com a ambição de ganhar, pelo que vão fazer todos os possíveis para amealhar pontos, garantindo que vão manter a atitude que têm demonstrado até agora.

No outro jogo do grupo G, o Copenhaga e o Leicester empataram a uma bola na Dinamarca. Com estes resultados, o FC Porto está isolado no segundo lugar do grupo, com mais dois pontos que os dinamarqueses e a três do campeão inglês. Na próxima jornada, que se realiza dentro de três semanas, o FC Porto vai a Copenhaga enquanto que o Leicester recebe o Brugge.

O FC Porto volta a entrar em ação este domingo, no escaldante clássico frente ao Benfica, a contar para a 10ª jornada da Liga NOS.

Ficha de Jogo
Competição: Liga dos Campeões (4ª Jornada)
Estádio: Estádio do Dragão, Porto
Cartões Amarelos: Herrera (3′), Denswil (34′), Felipe (36′), Diaby (41′), Vormer (86′) e Claudemir (88′).

Equipa de Arbitragem
Árbitro: Alberto Undiano Mallenco (ESP)
Árbitros Assistentes: Raúl Cabanero e Diego Barbero Sevilla (ESP)
Quarto Árbitro: Angel Nevado Rodriguez (ESP)

FC Porto
Onze inicial: Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Marcano, Alex Telles; Danilo; Herrera, Oliver, Otávio; Diogo Jota, André Silva;
Suplentes utilizados: Rúben Neves (60′), Corona (70′) e Layún (79′);
Treinador: Nuno Espírito Santo

Clube Brugge
Onze inicial: Butelle, Van Rhijn, Poulain, Denswil, Cools, Pina, Claudemir, Vormer, Bolingoli, Diaby, Wesley.
Suplentes utilizados: Limbombe(Intervalo); Vanaken (64’); Izquierdo (77’).
Treinador Adjunto: Philippe Clement