Arrancou esta quinta-feira, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, a iniciativa “Porto Capital Jovem da Segurança Rodoviária”. A cerimónia contou a presença de várias autarcas da Área Metropolitana do Porto e responsáveis de instituições (académicas e não só).

É da elevada mortalidade jovem em acidentes rodoviários e da tão necessária mobilização da opinião pública nacional que nasce a vontade de agir. A iniciativa quer trabalhar a consciência do risco que está sempre associada à atividade rodoviária, quer enquanto condutor, peão ou ciclista. A Área Metropolitana do Porto é a capital para 2017, assumindo o papel de alertar para a importância da prevenção.

O projeto vai dinamizar actividades como o karting, a experiência em simuladores, a condução defensiva, o simulacro de acidentes e muitos workshops temáticos. Todas estas atividades pretendem ser um fator de consciencialização para a segurança rodoviária.

Relativamente ao contributo que a Área Metropolitana do Porto pode oferecer à redução da sinistralidade rodoviária, o diretor executivo do projeto, Rui Marques, afirma que o Porto pode ser um exemplo. Esta quinta-feira, começou mesmo por sê-lo quando se reuniram várias autarquias, muitas empresas, instituições de ensino e forças de segurança em prol de uma causa comum — segundo o responsável do projeto.

Rui Marques refere que “a grande ambição” é reduzir o número de mortes na estrada para zero. “No dia em que conseguirmos chegar a esta etapa, teremos chegado ao nosso objetivo. Até lá há muito para andar”, acrescenta.

O grande desafio deste projeto é o combate aos cinco principais fatores de risco da sinistralidade rodoviária: a não utilização do cinto de segurança, a condução sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade, a fadiga e a utilização dos telemóveis enquanto que se conduz. Estas são as principais razões dos números elevados de mortes na estrada.

Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte nos jovens entre os 18 e 24 anos. O risco de morte dos jovens em acidentes rodoviários é 30% superior relativamente à restante população.

Artigo editado por Rita Neves Costa