No último jogo do ano para o campeonato, o FC Porto recebeu esta segunda-feira o Marítimo no Estádio do Dragão. Os azuis e brancos procuravam não deixar fugir o Sporting na liderança da classificação, depois da equipa de Jorge Jesus ter batido, na véspera, o Portimonense.

A equipa de Sérgio Conceição chegou à vantagem cedo na partida, de canto, mas permitiu o empate. Gamboa, contudo, deitou tudo a perder para o Marítimo ao ser expulso ainda na primeira parte. Em vantagem numérica, os dragões voltaram a marcar e no segundo tempo geriram o encontro, chegando ao terceiro.

Dragões com “dez minutos de atraso”

Depois de ter jogado a meio da semana para a Taça com o Vitória de Guimarães, Sérgio Conceição recuperou o onze que defrontou o Vitória de Setúbal na última jornada do campeonato. Em relação ao jogo com a equipa de Guimarães, Corona e Casillas regressaram ao banco, dando lugar a Brahimi e José Sá.

O jogo começou morno e sem grandes destaques. Com o Porto a tentar controlar, mas demasiado lento, o primeiro remate surgiu apenas aos dez minutos. Numa jogada individual, Brahimi ganhou espaço à entrada da área, mas o disparo do argelino saiu ligeiramente ao lado.

A equipa da casa pareceu acordar com o lance e criou perigo pouco depois. Grande jogada de entendimento no ataque portista e Maxi, depois de uma boa finta, a assistir Ricardo, com o português a testar Charles. O público do Dragão, agradado com a jogada vistosa, aplaudiu de forma intensa.

Vantagem chegou mais uma vez de bola parada

O FC Porto começava a subir o nível e pouco depois foi novamente Brahimi a ameaçar, com a bola a sair para canto. Mas na sequência da bola parada, já depois de uma primeira tentativa falhada, os dragões chegaram mesmo à vantagem. Alex Telles levantou e Reyes, mais alto que os centrais adversários, cabeceou para o fundo das redes. No festejo, o jovem central correu para o banco e abraçou de forma efusiva Corona, compatriota mexicano.

Resposta chegou rápido

A equipa de Daniel Ramos reagiu muito bem ao golo sofrido e chegou à igualdade apenas sete minutos depois. Ricardo Valente apareceu solto e pôs à prova José Sá, que respondeu com uma boa defesa. Na recarga, contudo, Fábio China cruza e Fábio Pacheco remata forte, com a bola a desviar em Reyes e a trair o guardião portista.

O FC Porto tentou recuperar a vantagem rápido e o jogo entrou num ritmo mais intenso e faltoso, com o Marítimo a ficar reduzido a dez unidades aos 40 minutos. Num lance a meio campo, Gamboa chega atrasado e pisa Herrera, vendo o segundo amarelo num intervalo de três minutos.

Na sequência do livre, Alex Telles cruza largo e Marcano chega primeiro que Charles, mas o cabeceamento do central portista sai ligeiramente ao lado da baliza adversária.

2-1 a fechar a primeira parte

Numa altura em que já se pensava que o jogo ia para o intervalo empatado, o FC Porto chegou novamente à vantagem por Moussa Marega. Lançado por Brahimi na esquerda, o maliano aparece veloz na área e remata forte de pé esquerdo. Charles ainda toca na bola, mas não consegue evitar o golo do maliano.

A equipa do Marítimo recolhia assim ao balneário com a difícil missão de dar a volta ao marcador em desvantagem numérica, enquanto os adeptos portistas ainda festejavam nas bancadas.

Segundo tempo arrancou com domínio azul e branco

A segunda parte começou com o Porto instalado no meio campo adversário. Em vantagem numérica, a equipa de Sérgio Conceição controlava a posse de bola e foi acumulando lances de perigo. Aos 51, Marega, num remate acrobático, testou Charles, com um remate “à queima roupa”. O guarda-redes do Marítimo, contudo, estava atento e respondeu com uma boa defesa.

Pouco depois foi a vez de Danilo causar perigo. Cruzamento na esquerda e o médio portista surge sozinho no coração da área, mas cabeceia muito mal quando estava em excelente posição.

O jogo entrou então numa fase adormecida e sem lances dignos de nota. Com mais um elemento em campo, o FC Porto ia gerindo a vantagem, controlando a posse de bola sempre no meio campo contrário.

Fórmula Brahimi-Marega resultou de novo

Só aos 78 minutos o jogo teve novos motivos de interesse. Já com Soares e Corona em campo – Maxi e Aboubakar foram os sacrificados – o FC Porto chegou ao golo da tranquilidade de forma natural. Num lance idêntico ao do segundo golo, Brahimi lançou Marega pela esquerda e o avançado voltou a não perdoar frente a Charles.

Pouco depois, a fórmula podia ter dado o terceiro, mas desta vez Marega deixou-se antecipar por Charles. O avançado maliano surgiu novamente em boa posição, mas o guarda-redes do Marítimo foi à relva e recolheu a bola.

Até ao final não houve lugar para mais destaques, com o encontro a chegar ao fim com 3-1 favoráveis aos azuis e brancos.

“Taça da Liga é competição que queremos ganhar”

No final da partida, o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, elogiou a exibição da equipa e defendeu que “mesmo com 11 o Marítimo nunca causou perigo”.

Sobre o próximo jogo dos azuis e brancos, frente ao Rio Ave, já esta quinta-feira, para a Taça da Liga, Sérgio Conceição realçou que é para “ganhar”.

O técnico portista recusou ainda, por último, falar do mercado de transferências, quando confrontado com os rumores que colocam Rúben Ribeiro a caminho do Dragão.

“Tenho pena que amarelos como estes só sejam marcados em alguns campos”

Daniel Ramos lamentou a expulsão que, defende, deitou “quase tudo a perder”. “Tenho pena que amarelos como estes só sejam marcados em alguns campos”, disse o técnico maritimista. O treinador salientou, ainda assim, o quinto lugar atualmente ocupado pela equipa.

Artigo editado por Filipa Silva