Sara Serafim tem 25 anos e é surda profunda bilateral desde nascença. O facto não a impediu de ultrapassar barreiras, nem de deixar de se impor desafios, como a Hoyara, a marca de joalharia que criou há dois anos.

Sara Serafim vive em Vila Nova de Gaia, com os pais e um irmão, e é em casa que tem o seu ateliê, construído na garagem. Foi lá que o JPN encontrou a criadora da Hoyara, a marca de joalharia que Sara desenvolveu a partir de uma cadeira do curso de Design de Interiores, completado na Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos.

Antes tinha frequentado Arquitetura, na Universidade do Porto, mas decidiu mudar, em busca de uma formação mais prática. Foi por esta altura que decidiu deixar de ter intérprete, por sentir que isso fazia com que as pessoas se afastassem, com receio de não conseguirem comunicar. Hoje orgulha-se de ser autónoma e deixa o desabafo: gostava que a maioria que a cerca, os ouvintes, soubesse um bocadinho da sua língua – a gestual – para que uns e outros se compreendessem melhor.

Trabalho realizado no âmbito da cadeira  de TEJ II – Audiovisual