As Câmaras Municipais de Valongo, Vila Nova de Gaia e Matosinhos querem garantir que a população está protegida, assim que se regresse ao novo normal. As máscaras comunitárias deverão chegar a casa das pessoas, através do correio, durante o mês de maio.

O objetivo das autarquias é proteger a comunidade, incentivar o uso de proteção individual e garantir o acesso da população a estes equipamentos, quando o isolamento terminar.

Uma vez distribuídas, as máscaras deverão ser usadas pela população, em espaços públicos ou fechados, como transportes públicos, supermercados e outros locais movimentados.

Valongo: Câmara distribui 100 mil máscaras

A Câmara Municipal (CM) de Valongo vai distribuir 100 mil máscaras sociais e reutilizáveis a todos os munícipes, durante o mês de maio. O objetivo é “pedir a toda a população que se proteja e proteja os outros, colocando sempre e em qualquer espaço público uma máscara comunitária”, como anunciou o presidente da CM de Valongo esta terça-feira (21), em Ermesinde, conforme se lê num comunicado enviado à imprensa pela autarquia.

José Manuel Ribeiro não escondeu a preocupação que tem com o regresso à nova normalidade. Por isso, pede a toda a população “que não facilite e coloque sempre uma máscara social, como símbolo de resistência contra a pandemia”.

O investimento está estimado em cerca de 200 mil euros. Citado no comunicado de imprensa referido, o autarca garante que é um esforço que deve ser feito “nesta guerra contra a pandemia”, “para ajudar e ensinar a comunidade a defender-se”.

As máscaras vão ser distribuídas em conjuntos de três, através da caixa de correio, nas cinco freguesias do concelho: Valongo, Ermesinde, Alfena, Sobrado e Campo. “Se for necessário”, serão feitos “ajustamentos”, afirma o presidente. Atualmente, o concelho tem, no total, 597 casos confirmados de COVID-19.

As máscaras que vão ser distribuídas são comunitárias, isto é, de uso social, e podem ser usadas por qualquer pessoa em espaços públicos ou fechados. São reutilizáveis e laváveis e feitas de materiais devidamente certificados pelo CITEVE (Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário).

Desta forma, as pessoas não têm “desculpas para não serem agentes de saúde pública”. “O uso de máscara em locais públicos protege-nos a todos e o facto de serem reutilizáveis protege o meio ambiente”, como refere José Manuel Ribeiro.

O autarca sublinha ainda que o regresso às atividades do dia-a-dia “tem de ser feito sem medo, mas com cautela e segurança máxima”, o que “só é possível com equipamentos de proteção individual devidamente certificados pelas autoridades de Saúde e acessíveis para todos”.

Além da distribuição de máscaras, a autarquia vai continuar a sensibilizar a população, para que se mantenham as restantes medidas de proteção.

Gaia: Investimento vai rondar os 600 mil euros

Também a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia vai distribuir máscaras laváveis e reutilizáveis – 320 mil vão ser oferecidas à população, revelou esta segunda-feira (20) Eduardo Vítor Rodrigues. O gesto “pretende incentivar a proteção individual dos munícipes aquando do regresso à normalidade”, conforme se lê no site da Câmara.

A primeira encomenda de 20 mil máscaras duplas e com filtro suplementar já foi feita. Segundo o presidente da CM de Gaia, no total, o investimento deverá rondar os 600 mil euros.

A autarquia quer então promover o uso de máscaras nos transportes públicos, escolas, supermercados e outros locais movimentados, a partir do momento em que for possível retomar a “normalidade”.

As máscaras vão ser distribuídas em kits de duas unidades, também pela caixa de correio. Eduardo Vítor Rodrigues garante ainda que se for necessário serão feitos “ajustamentos de caso”.

Como avançou a agência de notícias Lusa, citando o autarca, a confeção das máscaras está a ser feita por uma empresa de Gaia, que até aqui era especializada em material desportivo, mas que “soube reinventar-se”.

Vila Nova de Gaia é atualmente o terceiro concelho do país com mais casos confirmados de COVID-19, logo a seguir a Lisboa e Porto. Conta com 1066 infetados.

Matosinhos: Máscaras prontas para entrega no início de maio

Também a Câmara de Matosinhos vai oferecer máscaras reutilizáveis aos munícipes, “tendo expetativa de ter cerca de 200 mil prontas numa primeira fase”, anunciou a autarquia na última sexta-feira, dia 17.

Citada numa nota enviada à Lusa, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, explica que a proteção individual vai ser fundamental quando “terminar o confinamento obrigatório e as pessoas retomarem lentamente as suas atividades”.

As máscaras laváveis e reutilizáveis também vão ser entregues em casa dos munícipes, a partir do início de maio. A CM de Matosinhos adianta que cada agregado familiar receberá três exemplares.

Matosinhos apresenta 885 casos de infeção, de acordo com o relatório epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo Luísa Salgueiro, “só adotando comportamentos responsáveis e rigorosos [é que] vamos conseguir controlar o surto e retomar a normalidade”.

As máscaras vão começar a ser produzidas por um consórcio de unidades de produção do concelho, de acordo com a autarquia, “mal o processo de certificação [do CITEVE] esteja concluído”. A Câmara quer garantir que estes equipamentos de proteção individual cumprem “todas as normas em vigor para as máscaras sociais”.

As máscaras vão ser compostas por dois tecidos: um com tratamento bactericida e fungicida (que destrói bactérias e fungos) e outro com tratamento impermeabilizante. Deverão estar prontas para entrega “logo no início de maio”, altura em que “se espera que termine o atual estado de emergência”.

Artigo editado por Filipa Silva.