Os doze ministros das Finanças da Eurolândia que se reuniram ontem, segunda-feira, em Bruxelas, ainda estão divididos sobre o grau de flexibilidade das medidas a aplicar a quem prevarica, mas as negociações vão no sentido de atenuar as sanções.

As divergências entre os diferentes países levaram Jean Claude Junker, primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo, que preside actualmente à União Europeia (UE), a colocar uma proposta que visa a conciliação entre posições mais extremadas.

A Áustria encabeça a lista dos países que preferem medidas mais restritivas, enquanto, no lado oposto, a Alemanha é a grande defensora da liberalização do PEC. Para os germânicos, que com a França, apresentaram défices superiores a 3% durante três anos consecutivos, o resultado das negociações foi ainda insuficiente.

A proposta de Juncker agradou a Bagão Félix, representante português na reunião de Bruxelas, que, em declarações aos orgãos de comunicação social, afirmou ser positivo que as despesas em investimento público e em investigação científica poderem ser incluídas na lista de atenuantes na contabilização do défice.

Miguel Conde Coutinho