O MCO divide-se em quatro pisos, com direito a sala de estar, atelier e habitação para artistas convidados.

A cave – ou Screen play – é um espaço dedicado a projectos de multimédia. Durante o próximo mês, a cave é ocupada pela projecção “Body Snatchers”, de Mário Vairinhos, “artista multifacetado” que se dedica, entre outros trabalhos, à realização de vídeos.

A exposição colectiva está montada no Pisozero, e chama-se “Pintado de Fresco”. Reúne trabalhos de artistas de várias nacionalidades: entre uma maioria portuguesa, há um mexicano, um grego, um espanhol… A nível estético, a “figuração contemporânea, por vezes baseada na banda desenhada e em mundos fantásticos” é dominante, explica Maria do Carmo Oliveira.

Subindo ao primeiro andar chega-se ao Living Room, a “sala de estar, onde os artistas podem intervir”. É uma forma de demonstrar que “a arte contemporânea pode estar nas nossas salas: os artistas podem decorar a sala como quiserem”, refere Maria do Carmo. A “decoração” “Salvia Officinalis”, de Carlos Pinheiro e Marta Bernardes, durará dois meses, porque “não é todos os dias que mudámos a decoração da nossa sala”, justifica. As restantes exposições estarão patentes durante um mês.

O primeiro andar tem ainda mais três espaços: o SMuseum, que pretende recriar um museu tradicional, o Stock House, espaço “mais informal”, onde os trabalhos são expostos de forma “menos convencional, podendo estar no chão ou encostados à parede”, e a sala Chez Duchamp, espaço onde as obras só podem ser vistas através de um óculo colocado numa parede, numa alusão a um trabalho de Marcel Duchamp.

O segundo andar, mais recatado, é a “residência dos artistas convidados”. Os artistas que vêm de fora ficam a habitar esse espaço, onde também podem trabalhar: “a Papelaria Sousa Ribeiro aderiu ao projecto e forneceu os materiais”, esclarece Maria do Carmo. É um pequeno atelier razoavelmente equipado: há um cavalete, uma estante repleta de tintas e pincéis, blocos de papel… O restante investimento foi feito por Maria do Carmo e pelo marido, que idealizaram todo o projecto.

Texto e foto: Ana Correia Costa